Quatorze pessoas, entre adultos e crianças, morreram neste ano por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Foz do Iguaçu. A maioria dos óbitos, um total de dez, foi provocada por influenza A em pacientes na faixa etária de 52 a 102 anos.
Também foi registrado o falecimento por covid-19 de uma pessoa de 66 anos e três mortes de crianças — de 11 meses, 4 anos e 15 anos — por rinovírus e vírus sincicial respiratório (VSR).
Ainda está sendo investigado o óbito de uma criança de 3 meses com sintomas respiratórios graves.
Os dados, da Secretaria Municipal de Saúde, referem-se ao período entre janeiro e maio deste ano.
Nesse intervalo, foram registradas 649 notificações de SRAG, das quais 269 casos não especificados (exames negativos), 140 casos provocados por outros vírus respiratórios, 87 casos por vírus influenza, 21 casos por covid-19 e dois casos por outros agentes etiológicos não virais.
O problema preocupa porque, além da falta de leitos, o índice de vacinação para prevenção das síndromes respiratórias está aquém do esperado em Foz. De um total de 295.500 moradores, apenas 54.814 foram imunizados.
Na faixa etária infantil, a cobertura vacinal da influenza trivalente é de 15,18%; nos idosos, 37,63%; em gestantes, 37,06%; e na população em geral, 18,55%.
Hospital Municipal está superlotado
Em razão da escalada das doenças respiratórias em Foz, os 218 leitos do Hospital Municipal estão ocupados. Há pacientes inclusive em UPAs aguardando transferência.
No sábado, 31, o hospital estava com 277 pacientes internados e teve deixar de atender novos casos de internamento. Alguns pacientes foram colocados em áreas de circulação.
Para tentar amenizar a situação, o Governo do Estado anunciou a contratação de 25 leitos pediátricos para Foz do Iguaçu, dos quais dez de UTI infantil e 15 de enfermaria.
A previsão é a de que os leitos sejam abertos até a próxima semana no Hospital Madre de Dio, em São Miguel do Iguaçu, município pertencente à 9.ª Regional de Saúde que fica a 45 quilômetros de Foz.
No Hospital Itamed, a ocupação chega a 79% dos leitos, de um total de 208 disponíveis. Dos dez leitos disponíveis para a UTI pediátrica, sete estão ocupados por pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), informa o hospital.
A alta por demanda é resultado de casos provocados por influenza A, vírus sincicial respiratório, rinovírus, coronavírus, adenovírus, entre outros.
Já entre os 12 leitos da UTI adulta, onde estão a Unidade Coronariana (Uco) e a UTI Geral, os pacientes do SUS ocupam oito na Uco e cindo na UTI.
No hospital ainda há dois pacientes do SUS no pronto-socorro aguardando vaga de UTI e um paciente particular com convênio.
Casos crescem em todo estado
O aumento de casos de síndromes respiratórias atinge todo o Paraná. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) indicam que o número de ocorrências da SRAG no estado neste ano é 13% maior em relação ao do ano passado, no mesmo período, ou seja, de janeiro até hoje, dia 2.
Em 2025, foram computados 10.038 casos e 469 mortes de pacientes hospitalizados por SRAG no Paraná.
Leia também:
Existe uma desinformação a Respeito das vacinas, por medo, de trombose e outras complicações causada pela vacina do covide,