Ano ‘amargo’ para o emprego em Foz. Cidade perdeu 6,6 mil postos de trabalho 

Foz do Iguaçu não acompanha retomada sinalizada por cidades de pequeno, médio e grande porte, em agosto, de diferentes regiões do estado.

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H2FOZ – Paulo Bogler
 
O saldo de empregos de janeiro a agosto deste ano mostra que Foz do Iguaçu perdeu 6.604 postos de trabalho com carteira assinada – 13.348 admissões e 19.952 desligamentos. Os números são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nessa quarta-feira, 30.

Em agosto, foram 1.486 contratações e 1.595 demissões, saldo negativo de 109 empregos, o menor registrado desde o início da pandemia de covid-19 (veja a evolução mensal abaixo). Abril segue sendo o mês de maior diminuição do número de carteiras assinadas (3.025), resultado de 663 admissões e 3.688 dispensas de trabalhadores. 

Já em janeiro, 2020 começara com diminuição de 86 vagas, reflexo de 2.508 admissões e 2.594 rescisões. Houve recuperação em fevereiro, com saldo positivo de 499 postos laborais. Veio a pandemia em março e perdas sucessivas de emprego mensalmente, no balanço entre admitidos e demitidos. 

Ainda que agosto demonstre diminuição no saldo negativo de empregos, em relação aos demais meses do ano, Foz do Iguaçu não acompanhou a retomada sinalizada pelas maiores cidades ou polos industriais. No mês, dez municípios do Paraná se destacaram na geração de vagas.

A capital Curitiba foi a que gerou o maior número de ocupações em agosto, no total de 3.219. Em seguida aparecem Ponta Grossa (1.220), Londrina (1.198), Maringá (772), São José dos Pinhais (673), Rolândia (556), Arapongas (549), Umuarama (349), Telêmaco Borba (309) e Colombo (300).

Em artigo no H2FOZ, o sociólogo e professor universitário José Afonso de Oliveira reflete que o maior problema enfrentado em Foz do Iguaçu diz respeito ao emprego. Em sua análise, conclama diferentes segmentos e entidades a buscar soluções em conjunto (clique para ler a opinião). 

“Pensar, articular e criar formas, projetos, planos que sejam capazes de alavancar a nossa economia, gerando novos e bons empregos”, afirma o decano da educação iguaçuense. “Portanto este é o momento propício para pensarmos nessas soluções, afinal em campanhas políticas isso deve existir”, sugere. 

Foz e cidades da Região Oeste

Na comparação com cidades vizinhas, da Região Oeste, o desempenho de Foz do Iguaçu em geração de empregos durante o ano de 2020 também não é favorável.  O levantamento mostra municípios de porte equivalente, como Cascavel, e de fronteira, como Guaíra, entre outros.  

Comparativo abrangendo os meses de janeiro a agosto: 

No ano, as dez principais cidades do Paraná apresentam a seguinte variação em geração de empregos:

Evolução mensal do emprego em Foz – janeiro a agosto de 2020:

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