BR-277: empresa assume concessão da rodovia nos próximos dias

O contrato é de 30 anos, prevendo investimentos e pedágio,  assinado pelos governos estadual e federal em Brasília (DF).

O Grupo EPR assumirá a concessão da BR-277, no trecho que inclui a fronteira, nos próximos dias. O contrato de 30 anos, prevendo investimentos e pedágio, foi assinado nessa segunda-feira, 28, pelos governos estadual e federal em Brasília (DF).

O documento foi firmado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e o ministro dos Transportes, Renan Filho, além dos representantes da empresa. Anunciado pelo Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participou da cerimônia.

O Lote 6 de concessão incluiu a BR-277 e outras rodovias da região, sendo o maior contrato entre os novos editais. Os governos estadual e federal projetam investimento de R$ 20 bilhões no corredor logístico no centro da América do Sul.

Concessão da BR-277

O trecho conecta a fronteira, em Foz do Iguaçu, com o Paraguai e a Argentina, ligando a região ao Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná. A gestão federal estima que o projeto gere 183 mil empregos. As obras incluem novos trechos de rodovia, faixas adicionais, viadutos e acessos.

Do valor total, R$ 12,9 bilhões serão destinados para grandes obras (Capex), e R$ 7,3 bilhões, aplicados em manutenção (Opex).

O prazo de concessão começará a contar a partir da Data da Assunção, que é a assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens, o que está previsto para acontecer em até 30 dias. A partir daí, o sistema rodoviário e os bens serão transferidos à concessionária.

No evento de assinatura, o governador defendeu o modelo de concessão, que uniu rodovias estaduais e federais. “Estamos entregando aos paranaenses um modelo de concessão que vai nos permitir avançar na consolidação do Paraná como a grande central logística da América do Sul, aproveitando o fato do estado estar no centro geográfico de 70% do PIB do continente”, disse Ratinho Junior.

Já o ministro Renan Filho destacou a promoção de acordos pela atual gestão para aprimorar a infraestrutura do país. “O governo federal é um governo que faz parceria com os governos estaduais, independentemente das posições políticas dos governadores”, apontou, adicionando que, antes das concessões, a gestão investiu R$ 200 milhões e aplicará mais R$ 446 milhões nas rodovias que permaneceram federais em 2024.

Cobrança de pedágio

A expectativa é de que os primeiros serviços de recuperação das rodovias comecem a ser executados já no início da vigência dos contratos. As concessionárias – dos lotes 3 e 6, que assinaram contratos nessa segunda-feira – já trabalham nas estruturas das futuras praças de pedágio.

Conforme o Governo do Paraná, a cobrança só poderá ser iniciada após a expedição, pela ANTT, de um termo de vistoria atestando a capacidade da concessionária para a operação e de uma resolução autorizando a cobrança nas praças de pedágio existentes. Depois disso, as empresas terão dez dias para a divulgação dos valores que serão cobrados.

Presenças

Também participaram da assinatura o vice-governador Darci Piana; a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o presidente da Itaipu Binacional, Enio Verri; e diretores de empresas e de instituições estaduais e federais.

(Com informações da AEN e do Ministério dos Transportes)

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3 Comentários
  1. Paiva Diz

    Ratinho está acabando com direito de ir e vir do povo paranaense. Valor prometido q seria baixo está mais caro q a antiga concessão…vamos estar pior q o estado de são Paulo. Onde todas rodovias são pedagiada….o pq do IPVA se pagamos pedágio…

  2. Jucelino Getulio Diz

    Lamentável um
    Absurdo os valores

  3. Ale Diz

    Mais 30 anos de pedágios caros e pistas sem todas as duplicações, passarelas e outras estruturas necessárias serem feitas? Contratos sendo alterados no meio de sua vigência para favorecer as concessionárias? Espero que não, mas é difícil acreditar em políticos, que adoram fazer o povo de trouxa.

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