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Plano trinacional

Itaipu e entidades debatem plano de desenvolvimento trinacional

Proposta foi levada à direção da binacional por representantes da ACIFI, Codefoz e Codetri; iniciativa quer envolver 11 cidades da Argentina, Brasil e Paraguai.

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Itaipu e entidades debatem plano de desenvolvimento trinacional
O encontro ocorreu no Centro Executivo da usina, na Vila A - foto: William Brisida/Itaipu Binacional

A Itaipu e entidades de Foz do Iguaçu debateram sobre o plano de desenvolvimento trinacional. A proposta foi levada à direção da binacional por representantes da ACIFI, Codefoz e Codetri, com a proposta de envolver 11 cidades da Argentina, Brasil e Paraguai.

A iniciativa de aprofundar a pauta surgiu a partir do projeto Foz em Números, estudo que radiografou os indicadores do município e revelou o potencial integrado da região trinacionaol, em num raio de 50 quilômetros. Assim, a idieia é criar o Plano de Desenvolvimento Econômico da Região Trinacional.

Participaram da reunião com diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri, os  presidentes da Associação Comercial e Empresarial, Danilo Vendruscolo, do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Marcelo Brito, e do Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional do Iguassu, Roni Temp.

Vendruscolo destacou o crescimento do PIB de Foz do Iguaçu nas últimas duas décadas. Expôs que esse indicador deu um salto após a sociedade civil organizada abraçar a ideia de combater o contrabando e o descaminho, optando pela formalização das empresas e dos empregos.

Plano trinacional

A formalização da economia impactou o crescimento de 183% do PIB de Foz do Iguaçu entre 2011 e 2021, disse o dirigente. A evolução teve como base quatro cadeias propulsivas: turismo, logística, educação e saúde.

“Mas ainda temos muitas pessoas na informalidade. Para acelerarmos o crescimento, precisamos entender a fundo a economia dos 11 municípios deste raio de 50 quilômetros. Olhando para 2050, qual é o nosso potencial regional, que tipo de desenvolvimento queremos e que tipo de recursos queremos atrair?”, refletiu o presidente da ACIFI.

Enio Verri, que é economista, pontuou que, ao assumir a Itaipu Binacional, em 2023, percebeu a necessidade de um plano para o desenvolvimento integrado dos municípios fronteiriços. Para ele, prefeituras e governos estaduais e federais precisam ampliar o diálogo com a iniciativa privada para alinhar objetivos em comum.

“O grande desafio é transformar realidades, reconhecendo as diferentes culturas entre brasileiros, paraguaios e argentinos”, afirmou. Verri também realçou que o lado brasileiro da hidrelétrica tem como área de atuação prioritária os 399 municípios do Paraná e os 35 do Mato Grosso do Sul. Já o lado paraguaio da usina atua em todo o território nacional.

Como encaminhamento do encontro da ACIFI, Codefoz e Codetri com a Itaipu, foi pactuada a apresentar a proposta ao diretor-geral paraguaio da binacional, Justo Aricio Zacarías Irún, junto a instituições do departamento de Alto Paraná. A articulação visa a contemplar, em um mesmo patamar, autoridades e lideranças dos países fronteiriços.

Força trinacional

Os 11 municípios propostos totalizam um milhão de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 82 bilhões. Só para ter uma ideia da dimensão desses dados, basta dizer que competem com várias capitais brasileiras. No Paraná, ficam atrás apenas da região metropolitana de Curitiba.

São eles:

  • Brasil: Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu.
  • Paraguai: Ciudad del Este, Presidente Franco, Minga Guazú, Hernandarias e Los Cedrales.
  • Argentina: Puerto Iguazú e Colonia Wanda.

(Com informações da assessoria)

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Paulo Bogler

Paulo Bogler é jornalista e repórter do H2FOZ.

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