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Cadê o teatro? Foz do Iguaçu pergunta — e não é de hoje

A construção do teatro é deliberação de sucessivas conferências de políticas públicas de Foz do Iguaçu.

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Cadê o teatro? Foz do Iguaçu pergunta — e não é de hoje
A construção de um teatro sumiu da fala pública do prefeito Joaquim Silva e Luna (PL) após sua posse. ilustração: Claudio Siqueira, com uso de I.A.
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O novo teatro municipal foi um ponto para o qual afluíram artistas, realizadores, agentes públicos e cidadãos participantes da audiência pública na Câmara de Vereadores. A iniciativa recente foi convocada para discutir cultura e, com efeito, ações públicas na área.

A construção do teatro é deliberação de sucessivas conferências de políticas públicas. Porém, contida por discursos de gestão participativa e corresponsabilidade da sociedade, que, sob a verdade da prática, estacionam em agendas e prioridades próprias.

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Na audiência no Legislativo, muito se falou de cidades menores do que Foz do Iguaçu que contam com teatro. É possível agregar a importância desse equipamento para as políticas públicas de cultura, em que a vizinha Toledo, não se vai muito longe, pode ser tomada como comparativo.

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Estudo do IBGE, divulgado no final de 2021, colocou essa cidade — que tem teatro — em nono lugar no ranking nacional de atratividade cultural. O dado corresponde à capacidade de o município atrair moradores vizinhos em busca de atividades criativas, de bens e de serviços na cultura.

O teatro não é pensado como a única componente da ação governamental na área. Mas é um meio indispensável para a formação e a circulação artístico-cultural, para o intercâmbio entre companhias e grupos, bem como para a consolidação de público e plateias.

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Multiúso e agregador de várias linguagens, pode ser um instrumento de democratização e de garantia de direitos culturais ao iguaçuense. De trocas, encontros da comunidade e desenvolvimento. De ampliação de repertórios e polo para as criações de vários países, a começar pelos fronteiriços.

A construção de um teatro sumiu da fala pública do prefeito Joaquim Silva e Luna (PL) após sua posse. Justo no momento em que Foz do Iguaçu está sendo compensada financeiramente pelo estado, em função da desapropriação do Centro de Convenções.

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Além disso, nos últimos meses de gestão, em 2024, o prefeito anterior chutou a meta para longe ao instituir o Plano Municipal de Cultura e prever para 2030 o Teatro Municipal de Foz do Iguaçu construído e, em 2034, seu pleno funcionamento. Antes disso, nenhuma ação foi prevista.

Cadê o teatro? A interrogativa que revigorou forças na Casa de Leis reverbera há anos em Foz do Iguaçu, sendo parte de distintos pedidos da comunidade, atravessando o tempo ora entre promessas, ora como falácia em discursos de campanha. A pergunta permanece.

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