Cidade que reúne forças públicas municipais, estaduais e federais, Foz do Iguaçu enfrenta desafios na segurança. Os números oficiais dão razão aos pedidos da população por mais segurança, seja nos bairros ou nas regiões comerciais, mostrou radiografia exclusiva do H2FOZ.
Na área central, na Avenida Brasil, que é um termômetro comercial, um dilema: conciliar atratividade turística e novas frentes de vendas requer segurança para a abertura das lojas em horários expandidos, como à noite. Hoje, o que se impõe é a sensação de insegurança.
Foi a região central a de maior número de furtos em Foz do Iguaçu no primeiro semestre deste ano: 736. Essa modalidade de crime, sem uso de violência pelo autor, cresceu 14,8% entre janeiro e junho, na comparação com 2024, totalizando 2.474 registros na cidade.
As áreas de maior incidência, em seguida, são: Itaipu A (188), Portes (176), Morumbi (161) e Campos do Iguaçu (139). Todos os números são de painel business intelligence da Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná.
Já s roubos subiram 3,2% no semestre, casos em que o delito é praticado mediante violência ou ameaça à vítima para retirar bens. Foram 480 ao todo, atingindo Vila Portes (94), centro (59), Três Lagoas (41), Morumbi (35), Itaipu A (35), Centro Cívico (28), Campos do Iguaçu (22), Porto Meira (22) e Polo Centro (21), entre outros.
A atuação policial envolvendo tráfico de drogas cresceu 19,4%, e as apreensões de armas de fogo, 13,2%. Se o furto de veículos aumentou 4,3% no primeiro semestre de 2025, o percentual de carros recuperados pelas forças de segurança foi quase três vezes maior: 11,2%.
Os homicídios tiveram redução, porém a cidade aparece como a terceira do estado em letalidade policial, as mortes em confrontos. Sem registro no primeiro semestre do ano passado, houve dois feminicídios de janeiro a junho de 2025.
Os dados da violência e criminalidade em Foz do Iguaçu impelem à reflexão. Se prevenção e ostensividade são irmãs siamesas, políticas públicas no âmbito social devem ser efetivas, combinando com aparato policial calcado na inteligência e tecnologia, quadro em número adequado, materiais e aperfeiçoamento permanente. São, pois, responsabilidades do Estado, isto é, do conjunto governamental.