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Editorial

Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu prevê R$ 300 milhões em investimento

Área deverá ter, inicialmente, 277 mil metros quadrados, espaço 60% maior em relação à atual estrutura.

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Novo Porto Seco de Foz do Iguaçu prevê R$ 300 milhões em investimento
O Porto Seco em Foz do Iguaçu fez a liberação de 201.262 caminhões em 2022 - foto: Marcos Labanca/Arquivo
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Empregada pelas sociedades humanas há séculos, foi o acirramento da competitividade em nível global que inseriu a logística como agenda central dos processos econômicos no período mais recente. Operações logísticas fazem com que insumos abasteçam a indústria e produtos finais cheguem ao consumidor, cadeia que determina tempo de entrega e custo.

Estratégico por sua posição na fronteira trinacional da Argentina, Brasil e Paraguai, o Porto Seco de Foz do Iguaçu é essencial para fazer fluir a entrada e a saída de mercadorias no país. O equipamento é considerado o maior da América do Sul em volume de cargas e, agora, deverá ocupar uma nova instalação, mais ampla e mais bem localizada.

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A Receita Federal do Brasil lançou o edital provisório para a construção e operação do novo recinto alfandegado iguaçuense, também chamado de Estação Aduaneira do Interior (Eadi), convocando audiência pública. O investimento previsto é de R$ 300 milhões, e a área deverá ter, inicialmente, 277 mil metros quadrados, espaço 60% maior em relação à atual estrutura.

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Além dos benefícios econômicos diretos de um porto seco, se ordenado pelo poder público, o novo investimento poderá contribuir para o desenvolvimento da região na entrada da cidade, às margens da BR-277 e proximidades da Perimetral Leste. A proposta também desloca a estação aduaneira para ambiente mais adequado, para melhor acesso e ampliação futura.

Os números demonstram a importância do porto seco: quase cem mil caminhões realizaram operações de exportação ou importação somente nos seis primeiros meses do ano passado. O terminal ainda foi o recurso encontrado pelo comércio internacional para variáveis que impuseram obstáculos ou novas exigências ao transporte de cargas.

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Exemplo disso foram os desafios advindos da pandemia de covid-19, como a chamada “crise dos contêineres”, que encareceu drasticamente o frete marítimo internacional e escasseou esse equipamento. E com as secas, principalmente no Rio Paraná, grande parte do escoamento das exportações do Paraguai, feito via Argentina, foi transferida para o Porto Seco de Foz do Iguaçu.

Com efeito, a estrutura atingiu recorde histórico de movimentação de veículos em outubro de 2021, com a passagem de 21,5 mil transportadores de cargas. Esse comércio internacional fluido acessa as pontes internacionais da Amizade (Foz do Iguaçu–Ciudad del Este) e Tancredo Neves (Foz do Iguaçu–Puerto Iguazú).

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O novo porto seco fortalece o caminho para o desenvolvimento da logística nas Três Fronteiras, tendo Foz do Iguaçu como um grande centro. Isso requer a superação de desafios, a começar pela agilização dos serviços de acesso das cargas aos países vizinhos, e a adequação do número de servidores para atuar nas duas pontes internacionais – e na futura terceira via, a Ponte da Integração.

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