O andamento das obras da Rodovia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, virou uma incógnita. As dúvidas aumentaram — ou pioraram — desde que a empresa responsável pela duplicação anunciou, em abril, ter recorrido à recuperação judicial.
Em nova frente por informações, foi a vez de o setor hoteleiro chamar à mesa agentes públicos e privados envolvidos, dois órgãos governamentais, um estadual e outro federal, além da empreiteira. Somente um fiscal compareceu à reunião — e desprovido de todos os dados.
A cobrança da cidade faz pasmar, de óbvia e urgente: melhorias na iluminação e sinalização da estrada. Isso porque o caminho às Cataratas do Iguaçu virou uma espécie de pista com obstáculos, perigosa e de baixa visibilidade aos motoristas à noite.
Falta de segurança, sabe-se, é uma das piores impressões que os visitantes podem levar de um destino. Para os moradores que precisam acessar a rodovia, as dificuldades e os riscos são diários. Com os desvios e atrasos, ainda, a perda econômica para os estabelecimentos.
Quem responde pelo atraso e pelos prejuízos a Foz do Iguaçu? “Foi uma reunião frustrante para nós do trade turístico”, desabafou o dirigente da entidade que representa os hotéis e a gastronomia na cidade, promotora do encontro.
Pela boca do único representante das instituições, servidor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), foi dita a previsão — repete-se, a previsão — de conclusão da obra. A data é 31 de julho de 2026.
O último boletim de execução do serviço, mês passado, informou que a duplicação da Rodovia das Cataratas atingia pouco mais da metade do projeto: 53%. A aferição é mensal, do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), que gere a construção.
As cobranças por soluções vão seguir na pauta da comunidade e de suas organizações, ante a mudez de agentes políticos de todos os matizes, eleitos para exercer tal representação. Os transtornos da Rodovia das Cataratas em obras continuam, assim como os pedidos de respostas.