Rádio Clube
H2FOZ

Início » Educação » Santa Terezinha de Itaipu celebra conquistas em concurso nacional de educação inclusiva

Educação

Inclusão

Santa Terezinha de Itaipu celebra conquistas em concurso nacional de educação inclusiva

Município teve dois projetos reconhecidos entre mais de 13 mil iniciativas inscritas de todo o país.

4 min de leitura
Santa Terezinha de Itaipu celebra conquistas em concurso nacional de educação inclusiva
A Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo, de Santa Terezinha de Itaipu, conquistou as duas primeiras colocações na 3ª edição do Prêmio LEGO® Braille Bricks. Foto: Arquivo Pessoal/divulgação
Publicidade

Santa Terezinha de Itaipu reafirma sua posição como referência nacional em educação inclusiva. A Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo conquistou as duas primeiras colocações na terceira edição do Prêmio LEGO® Braille Bricks, destacando-se entre mais de 13 mil projetos inscritos de todo o país.

LEIA TAMBÉM: “Invisíveis”: conheça os desafios das pessoas com deficiência visual em Foz do Iguaçu

Publicidade

O concurso é promovido pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, em parceria com o projeto LEGO® Braille Bricks. A iniciativa reconhece educadores que vêm transformando a alfabetização e o desenvolvimento de crianças com deficiência visual em escolas brasileiras.

Publicidade

O primeiro lugar foi conquistado pelas professoras Vilma Gonçales e Pamella Chiossi, enquanto o segundo lugar ficou com Brenna Orrico, Márcia Benini e Maria Lucir de Oliveira. Os trabalhos se destacaram por promover inclusão, acessibilidade e aprendizado colaborativo entre estudantes com e sem deficiência visual.

Projetos vencedores

O projeto Avisos e Bilhetes na Vila dos Três Porquinhos, que ficou com a primeira colocação, foi desenvolvido pela autora, Vilma Gonçales, em parceria com a coautora, Pamela de Lima Chiossi. A iniciativa teve como objetivo trabalhar os gêneros textuais bilhete e aviso a partir da história dos Três Porquinhos. Para isso, utilizou-se o LEGO® Braille Bricks como recurso lúdico e inclusivo.

Publicidade

As atividades incluíram leitura, escrita, formação de palavras, produção de textos e montagem das casinhas dos personagens, promovendo a participação ativa de uma aluna com deficiência visual.

Já o projeto desenvolvido pela autora Brenna Orrico e pelas coautoras Márcia Benini e Maria Lucir de Oliveira recebeu o título Contando com Todos: Matemática, Inclusão e Imaginação com LEGO® Braille Bricks. A proposta visou a ensinar matemática de maneira divertida, acessível e colaborativa.

Publicidade

Durante 12 encontros, as crianças participaram de atividades práticas e lúdicas para compreender melhor números, operações e padrões. Além disso, o trabalho contou com a mascote Leguinho, criada pela turma com materiais recicláveis. O resultado foi marcante: os alunos aprenderam mais, envolveram-se nas aulas e desenvolveram autonomia, respeito e cooperação.

Educadoras STI
Da esquerda para a direita, as educadoras Maria Lucir de Oliveira, Márcia Benini e Brenna Orrico. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Inclusão

De acordo com a professora Brenna Orrico, que mora em Foz do Iguaçu e leciona em Santa Terezinha de Itaipu, o reconhecimento traz motivação e serve de exemplo. “Nosso objetivo é que a escola não precise de um ‘sobrenome’ de escola inclusiva — que ela seja, simplesmente, uma escola capaz de acolher todos os estudantes, com qualquer neurodivergência ou dificuldade. Queremos um espaço de aprendizagem não só de conteúdos, mas também para a vida”, ressalta.

Ela acrescenta que a conquista representa um passo esperançoso rumo à inclusão efetiva. “As leis já existem. O que ainda precisamos é colocá-las em prática com a estrutura necessária para isso. Faltam formação adequada, materiais acessíveis e melhorias arquitetônicas. A sociedade cobra a inclusão, mas a escola, enquanto pilar social, ainda enfrenta desafios para efetivar essas leis no cotidiano”, completa.

LEGO® Braille Bricks

O principal objetivo do LEGO® Braille Bricks é estimular o aprendizado do Sistema Braille de maneira lúdica, criativa e inclusiva. Voltado a crianças de 4 a 10 anos, o recurso utiliza peças que representam letras e números em Braille com a respectiva impressão visual. Dessa forma, o material facilita a alfabetização e incentiva a interação entre alunos cegos, com baixa visão e videntes.

Por fim, o prêmio avaliou critérios como inovação, aplicação prática, impacto e contribuição para a melhoria do processo de alfabetização em ambientes inclusivos. Cada proposta precisou demonstrar práticas pedagógicas reais, aplicadas com base nos conceitos aprendidos durante o curso de formação.

Newsletter

Cadastre-se na nossa newsletter e fique por dentro do que realmente importa.


    Você lê o H2 diariamente?
    Assine no portal e ajude a fortalecer o jornalismo.

    Vacy Álvaro

    Vacy Alvaro é jornalista e coordenador do núcleo de Jornalismo de Dados/Infográficos do H2FOZ.

    Deixe um comentário