“Turismo e logística precisam caminhar juntos!”

Leia artigo de opinião de João Morales, presidente da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu.

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João MoralesOPINIÃO

Foz do Iguaçu é uma cidade atípica, diferenciada de todas as outras. Ela tem suas belezas naturais como o Parque Nacional e as Cataratas do Iguaçu; e a beleza que foi construída pela mão do homem como a Itaipu Binacional. Possui fronteira com dois países, Argentina e Paraguai, e isso dá uma possibilidade de riqueza muito grande para o nosso município, dando um potencial que nenhuma outra cidade tem.

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Parque Nacional do Iguaçu. Foto: Christian Rizzi

Historicamente o foco principal dos governantes e agentes políticos, tem sido o turismo. Porém, em nosso ponto de vista, não seria somente isso. É o momento de transformar esta realidade e incluir a logística.

Há muito tempo temos o maior Porto Seco da América Latina em movimentação de carga e agora em tamanho. São aproximadamente 200 mil caminhões por ano, transportando os produtos que entram e saem pelas nossas fronteiras. O que vemos é que as entidades que participam da logística e comércio exterior, e até do turismo, pouco participam das decisões dos governantes. Não são ouvidos.


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O maior Porto Seco da América Latina em movimentação de carga. Foto: Marcos Labanca.

As demandas chegam de cima para baixo. Lembremos do fechamento da rotatória do Charrua na BR-277. Simplesmente fecharam sem consultar os agentes logísticos. Construíram um viaduto na Avenida Paraná justamente para suprir estas demandas. Porém, novamente a logística não foi consultada. Construíram um viaduto na Avenida Costa e Silva com a BR-277 e também os entes não foram consultados.

Foi criada a Perimetral Leste em Foz. E também em nenhum momento o pessoal da logística foi consultado. Está sendo construída com uma pista simples. E sabemos que existe possibilidade de haver acúmulos e tráfego intenso. Filas irão acontecer pois haverá demandas de caminhões na região. Então percebemos que os transportistas não são ouvidos.

Foz possui uma possibilidade gigantesca de crescimento que neste momento, em 2024, não poderia ser diferente. Algo que ainda pode acontecer é a junção da logística e do turismo em Foz. Temos geradores de emprego, empreendedores, pessoas que tem visão de cidade diferenciada e muito tem a contribuir. Eles querem e precisam sentar a mesa com os governantes. Esta é a grande saída para que a transformação comece a acontecer.

Obras estruturantes são definidas pelos agentes políticos sem consulta aos seguimentos, e muitas vezes não é a prioridade. Precisamos sentar a mesa, todos os atores, para que comecemos a desenhar uma cidade ideal, dentro de um estudo e com visão empreendedora para dar resultados ainda maiores para Foz.

Todo ano jovens tiram seus diplomas e muitos buscam oportunidades em outras localidades, justamente em busca de oportunidades que podem ser geradas aqui, ampliando e transformando as matrizes econômicas. Na nossa visão é adotar medidas para que haja transformação destas mercadorias que cruzam nossa cidade. Que possamos conduzir este processo através de uma interferência saudável e com diálogo com os empresários e governantes.

Assim podemos buscar possibilidades como ampliar o Parque Industrial de Foz para que os produtos que por aqui passem possam ser transformados. Ganharíamos em geração de emprego, empreendedores interessados e maior arrecadação de impostos.

Vemos que com o turismo e a logística andando de mãos dadas, o diálogo com o próximo gestor pode ser mais contundente. O gestor, sozinho, não terá como atender as demandas dos desafios econômicas. Então, tem muito a se caminhar junto estas duas potências. Temos que transformar, de uma cidade de passagem de produtos, para uma cidade potencializada para indústria, liberação de cargas e ampliação do hub logística. E em relação ao turismo, ser de fato uma cidade turística, e não de pontos turísticos.

Tudo isso se dará através do diálogo para que possamos construir esta ideia, colocar no papel e juntar as forças para que tenhamos um resultado fantástico que tanto nosso povo espera. Chega de exportar mão de obra. Temos talento e pessoas que querem contribuir. A oportunidade está aí, duas potências que precisam ser alinhadas aos agentes políticos para colocarmos em prática as nossas prioridades.

“O diálogo está aberto na Câmara de Vereadores”


A proposta de diálogo é muito importante. Hoje, como presidente do Poder Legislativo, tenho esta linha do diálogo e dela muito utilizo. Este diálogo se abriu na Câmara com os servidores e membros que tem história dentro da Casa de Leis. Estes, muitas vezes sugeriram modificações aos gestores, mas até então eles só se preocupavam com questões políticas e não na questão de gestão. Pontualmente, tivemos conversa com os servidores e isso trouxe resultados fantásticos em pouco menos de um ano e meio de gestão.

Hoje, temos uma realidade como a Sessão Itinerante, saindo da Casa de Leis e indo para os bairros; implantamos a assinatura digital, onde os processos tem agilidade e maior eficiência; reduzimos papéis e materiais de expediente com a diminuição de mais de 70 mil impressões só nos últimos cinco meses;

Economizamos aluguel com redução do espaço anexo onde tínhamos um depósito de arquivos – devolvemos o local que gerava despesa de aproximadamente R$ 500 mil/ano e estava sendo utilizado pelo Legislativo nos últimos 15 anos; também estamos realizando o teletrabalho, que reduziu drasticamente a quantidade de atestados médicos e a produção chega a quase dobrar quando o servidor está em sua casa; fizemos formações, cursos e oportunidades para os servidores.

Tudo isso é possível através do diálogo. Grande maioria desses atos foram ideia dos servidores; outras ideias da atual gestão bem acatadas por eles e isso dá um ganho muito grande. Para fechar com chave de ouro temos duas situações: A TV aberta da Câmara é uma realidade. Temos a liberação da ANATEL. Agora só falta a estruturação. E também o início do Projeto Executivo da Nova Sede da Câmara. São gatilhos que deixaremos à próxima legislatura que com certeza o próximo presidente encontrará a casa em ordem.


João Morales tem 44 anos e é o atual presidente da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu. Eleito em 2020, assumiu o cargo em janeiro de 2021 e ocupa a liderança do legislativo desde janeiro de 2023. Ele é formado em Administração, é empresário no ramo de Comércio Exterior e também tem formação em Coach Integral Sistêmico.


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1 comentário
  1. Jorge Dorneles Diz

    Escreveu muito e disse quase nada .
    Blá blá blá

Comentários estão fechados.