No Clube Hípico de Foz do Iguaçu, instituição que promove o contato com cavalos desde 1981, são trabalhados três níveis: lúdico, de iniciação e avançado. O nível lúdico de ensino é uma técnica trazida pela vice-presidente, Leila Gallegario, que consiste em ensinar brincando.
O método é utilizado com crianças de até 5 anos e é uma forma de introduzi-las ao mundo equestre. Assim, ensina-se como comportar-se com os cavalos, como montar os equipamentos, além da base da equitação. “Ensinamos onde pode passar a mão, como que se aproxima do cavalo, entre outras coisas”, explica Leila.
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Uma das técnicas mais utilizadas é assemelhar elementos do dia a dia da criança com o trabalho com os animais. Um exemplo são os nomes dos equipamentos. “Quando vamos encilhar, falamos de colocar roupinha no cavalo ou de fazer um dia de beleza”, conta a instrutora Carol Bernardes.
A brincadeira continua em outros aspectos, como o treino de equilíbrio. Nesse caso, uma das formas de ensinar é usando pinos de boliche, que ficam pendurados na pista. “É alto o suficiente para as crianças conseguirem alcançar, mas obriga elas a ficarem de pé”, cita Carol.
O trabalho lúdico tem uma função fundamental: construir a confiança nos cavalos. “A gente precisa ter respeito pelos cavalos, senão os cavalos não nos respeitam”, comenta a instrutora.

Por outro lado, os pequenos também se beneficiam muito com os animais. “Tem benefícios na coordenação motora, psicológica, sensorial. A criança se expressa de uma forma diferente, ela se sente grande quando está no alto”, afirma Leila.
Quem mais se aproveita são as crianças. Ana Caroline Rafagnin, mãe de um dos alunos, relata que o filho gosta tanto que ajuda a puxar os cavalos, brinca e até colabora com a professora nas aulas para outras crianças.
Samer Nasser, executivo da Xbri, comenta que o hipismo “traz muita autoconfiança para as crianças. Mesmo que os pais não tenham pretensões que a criança fique no esporte, é um presente para os filhos esse contato com o animal”.