Neste sábado (19), três atletas de pole dance representarão Foz do Iguaçu no Curitiba Pole Arte, Campeonato Internacional de Pole Dance. O evento será realizado no Teatro Bom Jesus, às 15h.
Kemilli de Assis, atleta e instrutora, competirá na categoria Profissional. Já as alunas Gabriela Orsini e Priscila Nicaretta participarão das categorias Principiante e Amador, respectivamente. O desafio começou bem antes, com a seletiva.
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“Nós preparamos quatro coreografias para a seletiva, e três passaram pela peneira”, explica a professora. Para Kemilli, conquistar a vaga já é a primeira vitória, pois, para as alunas, essa é a primeira competição no esporte, sendo que o praticam há menos de um ano. “Eu tive um ano de prática antes de me arriscar nos campeonatos, mas com elas estou fazendo tudo cedo”, brinca.
A história dela com o esporte é longa, começou durante a adolescência, quando fez uma aula e detestou. “Me machucou, eu achei que não ia dar conta, aí depois de anos eu tentei de novo e me apaixonei”, conta. A partir de então, participou e venceu diversos campeonatos.
“Eu não imaginava que fosse conseguir, fiquei seis anos parada, meu corpo não é mais o mesmo, mas as minhas alunas me incentivaram a tentar”, realça. É a primeira vez que Kemilli atua como atleta e treinadora, então a dificuldade é maior ainda.
Por outro lado, as alunas encaram como oportunidade de ganhar experiência, mas também com o famoso “sangue nos olhos”. “Sou muito competitiva e não quero menos que o pódio”, ironiza Gabriela. Já Priscila comenta que quer dar o máximo de si para poder subir de categoria.

Cada participante terá um tema para a coreografia, e as alunas abusaram da criatividade na escolha: “Fantasma” e “Como Treinar o seu Dragão”. “A música veio antes do tema, então fui montado figurino e adereços baseado nela”, lembra Priscila. Já Gabriela explica que o tema surgiu da paixão dela por dragões e também por influência do filme.
O método de ensino de Kemilli começa no mais básico e, conforme a evolução de cada aluna, a dificuldade aumenta. Algo comum para a maioria dos iniciantes é a aparição de hematomas, que diminuem com o tempo. “É bom ter esses hematomas, eles são a prova real do esforço e crescimento de cada um”, finaliza a instrutora.
O pole dance
É um esporte bastante democrático: proporciona ganho de força e flexibilidade e não tem pré-requisitos. Existem várias modalidades, que podem focar no lado acrobático, artístico ou sensual. De acordo com uma pesquisa realizada pela organização do evento em parceria com a marca de roupas Vortex Pole Dancing, a modalidade cresceu 45% em 2024.