Já está em vigor, desde o início do mês, no trecho da hidrovia do Rio Paraná entre a região de Rosario e o acesso ao Oceano Atlântico, a nova tarifa do pedágio administrado pelo governo da Argentina.
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O valor cobrado das embarcações que utilizam a via passou de US$ 3,06 (R$ 17,50) a tonelada de registro bruto para US$ 4,98 (R$ 28,50), aumento de 62,7%.
O anúncio de reajuste trouxe tensão aos importadores e exportadores do Paraguai, país que é um dos principais usuários da hidrovia. Contudo, na avaliação do ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Javier Giménez, o impacto não será tão grande.
“Isso vai impactar mais os barcos de ultramar, que transitam por esse segmento do rio de Santa Fé até a foz”, avaliou o ministro, citado pela agência pública IP. “Esse trecho é o último, não é tão usado por nossas embarcações e não afeta tanto o nosso comércio.”
Em 2023, Paraguai e Argentina viveram momentos de tensão diplomática após o governo argentino decidir, unilateralmente, aplicar pedágio no trecho da hidrovia entre Rosario e a confluência com o Rio Paraguai, intensamente trafegado pelas barcaças do país.
O protesto paraguaio ganhou a adesão dos demais países que utilizam os rios da bacia hidrográfica do Prata (Brasil, Bolívia e Uruguai), em controvérsia que está, atualmente, no âmbito da comissão multilateral que regulamenta o funcionamento da hidrovia.
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