Agentes da Polícia Nacional e do Ministério Público do Paraguai foram mobilizados, nessa quinta-feira (8), até um salão comercial na Avenida Adrián Jara, área central de Ciudad del Este, em razão de uma denúncia protocolada por um turista de nacionalidade brasileira, que argumentou ter sido vítima de fraude.
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Procedente de Cascavel, o homem relatou aos policiais do Departamento de Segurança Turística que cruzou a fronteira para comprar celulares do tipo iPhone, no último dia 29, e fechou negócio com dois vendedores de uma pequena loja de eletrônicos, que prometeram entregar os produtos no lado brasileiro.
Conforme a denúncia do turista, o pagamento foi feito pelo Pix (nota da redação: o sistema Pix não existe no Paraguai – alguns estabelecimentos usam chaves de terceiros para oferecer tal opção aos compradores), com os responsáveis pela venda assegurando que as mercadorias poderiam ser entregues, até mesmo, na casa do consumidor.
Nos dias seguintes, contudo, os homens alegaram que, devido à fiscalização na fronteira, estavam com dificuldades para enviar os 20 celulares, avaliados em quase R$ 5 mil cada. Na sequência, teriam passado a ameaçar o cliente para que não denunciasse o caso às autoridades.
De acordo com o jornal ABC Color, um dos detidos na operação dessa quinta-feira já tinha sido indiciado, em abril, em uma ocorrência com características similares. Os dois homens, de nacionalidade paraguaia, tiveram os celulares apreendidos para perícia nas mensagens enviadas ao denunciante.
Compra segura
O combate às fraudes em lojas com nomes genéricos ou usadas apenas como fachada para a prática de crimes é alvo de constantes queixas dos comerciantes do lado paraguaio da fronteira, que pedem maior rigor de órgãos como o Ministério Público do Paraguai e a prefeitura de Ciudad del Este, responsável pela fiscalização das licenças comerciais.
Já as recomendações aos turistas incluem pesquisar previamente a reputação dos estabelecimentos, desconfiar de ofertas tentadoras demais para a realidade, evitar o uso de formas de pagamento inexistentes no Paraguai (como o Pix) e procurar órgãos como a Polícia Turística, na aduana paraguaia, ou o Escritório de Defesa do Consumidor (Shopping Box), em caso de irregularidades.

