Comitiva dos EUA inspeciona aduana paraguaia da Ponte da Amizade

Diplomata Megan Phaneuf manifestou espanto com a falta de controles de entrada e saída do país.

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Diplomata Megan Phaneuf manifestou espanto com a falta de controles de entrada e saída do país.

Cônsul-geral da Embaixada dos Estados Unidos no Paraguai, a diplomata Megan Phaneuf esteve, nessa quarta-feira (7), na cabeceira paraguaia da Ponte Internacional da Amizade, entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu. A visita foi feita no âmbito da parceria entre organismos do país do norte e a Direção Geral de Migrações (DGM).

Phaneuf foi recebida pela titular da DGM, Ángeles Arriola, que foi a única a dar declarações à imprensa. Segundo Arriola, a visitante ficou surpresa com o fato de que brasileiros, paraguaios e demais estrangeiros atravessam a ponte sem que as entradas e saídas sejam registradas (a fiscalização é feita apenas por amostragem).

“Ela veio para conhecer o sistema, como funciona a parte de documentação. Estamos trabalhando com outras agências dos Estados Unidos para capacitação dos funcionários, levando em conta que, em breve, será aberta a outra ponte [Ponte da Integração, entre Presidente Franco e Foz do Iguaçu]”, detalhou Arriola, citada pelo Última Hora.

“Chamou a atenção dela o movimento. Ela perguntou por que a travessia acontece sem controle. Relatei que existe um acordo entre Paraguai e Brasil, do tráfego entre cidades vizinhas, pelo qual os cidadãos podem transitar livremente até 30 quilômetros, sem fazer o registro migratório”, esclareceu a diretora.

Reconhecimento facial

Entre os temas debatidos durante a visita, um deles foi a possibilidade de instalação de equipamentos que façam o escaneamento do rosto das pessoas e da placa dos veículos que trafegam pela aduana paraguaia da Ponte da Amizade, para fins de identificação. No lado brasileiro, já existe sistema similar à disposição dos órgãos federais de controle.

“Para que isso seja possível, precisaremos de uma base de dados conjuntos, para poder comparar. Comprar equipamento só por comprar não vai ser útil, porque primeiro temos que trabalhar na unificação dos dados”, argumentou Arriola. “Ela também percebeu que temos poucos funcionários. Eu disse que estamos solicitando a ampliação.”

Na próxima semana, agentes que atuam na fronteira entre Estados Unidos e México devem chegar ao país vizinho para dar início a um trabalho de capacitação e troca de experiências a respeito dos controles. A intenção é criar multiplicadores para a formação dos demais agentes migratórios do Paraguai.

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