De olho nos dólares dos turistas, Argentina alivia restrições ao câmbio

Viajantes estrangeiros poderão trocar até US$ 5 mil em casas de câmbio e bancos, com cotações mais próximas às do “dólar blue” (paralelo).

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Viajantes estrangeiros poderão trocar até US$ 5 mil em casas de câmbio e bancos, com cotações mais próximas às do “dólar blue” (paralelo).

De olho em captar dólares e conter o avanço do mercado paralelo de câmbio no país, o governo federal argentino autorizou, nesta semana, a operação de uma nova modalidade de “dólar turista”, voltada aos estrangeiros que visitam o país. A cotação estará mais próxima à do “dólar blue”, negociado informalmente nas ruas das grandes cidades.

De acordo com o jornal Clarín, a taxa do novo dólar será calculada com base nas flutuações do mercado financeiro (“dólar bolsa”). Na quinta-feira (21), quando o “dólar blue” era negociado a P$ 336 e o “dólar oficial” (usado para comércio exterior e transações oficiais do governo) estava em P$ 130, o “dólar turista” ficou cotado a P$ 327.

Para ter acesso a esse valor de troca, o turista deverá apresentar documento de identidade (no caso dos brasileiros, RG ou passaporte) e comprovante de entrada recente no país. O limite para transações nas casas de câmbio e bancos será de US$ 5 mil por pessoa.

A economia da Argentina sofre com o problema da “fuga de dólares”, provocado por fatores internos e externos. Outro agravante é um costume adotado por muitas famílias após a crise do sistema financeiro no início dos anos 2000: o de guardar moeda forte em casa (principalmente dólares), bem longe do alcance dos bancos.

Nas ruas de Buenos Aires, a troca de dólares por pesos é oferecida aos turistas a cotações amplamente vantajosas. O grande risco das compras com os cambistas (muitos dos quais, estabelecidos há anos no mercado informal) é receber dinheiro falso ou cédulas já retiradas de circulação pelo Banco Central argentino.

Fronteira

Na região de fronteira, não é necessário usar dólares, uma vez que as trocas em locais como as casas de câmbio de Foz do Iguaçu podem ser feitas diretamente do real para o peso argentino. Compras com cartão de crédito devem ser evitadas na Argentina, pois a cotação adotada para a conversão é amplamente desfavorável ao consumidor.

Na manhã deste sábado (23), R$ 100 compravam, no câmbio oficial argentino, P$ 2.347. Na Iguassu Câmbios, em Foz, R$ 100 adquiriam praticamente o dobro, P$ 4.545. No mercado informal (atenção para os riscos citados anteriormente), é possível obter mais de P$ 5.500 a cada R$ 100.

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1 comentário
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