“Gato” para minerar criptomoedas gera perda milionária no Paraguai

Em um motel aparentemente abandonado, eletricistas encontraram cerca de 1,5 mil computadores, alimentados por uma rede clandestina.

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Um motel em aparente estado de abandono às margens da Rodovia Nacional PY07, na cidade fronteiriça de Hernandarias, foi alvo de uma intervenção conduzida, na última quinta-feira (8), por funcionários da Administração Nacional de Eletricidade (Ande) do Paraguai. No local, a companhia detectou um consumo anormal de energia elétrica.

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De acordo com o boletim repassado à imprensa pela estatal, os eletricistas encontraram uma conexão clandestina com a rede, usada para alimentar o motel e oito residências dos arredores. Três transformadores, com até 1.000 kVA (quilovoltampere) de potência cada, foram instalados na área interna do estabelecimento.

“Funcionavam no imóvel, 24 horas por dia, cerca de 1,5 mil processadores de moedas virtuais”, informou a Ande, em nota enviada à imprensa. “A multa por dano patrimonial causado à Ande e ao estado paraguaio é superior a G$ 14,5 bilhões [R$ 9,7 milhões].”

“Essas operações, amparadas pelo Código Penal Paraguaio, cujo artigo 173 estabelece a penalização de três anos de prisão ou multa por subtração de energia elétrica, formam parte da luta contra as conexões clandestinas, para reduzir as perdas e melhorar a qualidade do serviço”, complementa a empresa.

De acordo com o jornal ABC Color, um advogado, que se apresentou como representante do proprietário do estabelecimento, compareceu ao local para evitar a apreensão dos equipamentos. O caso será apurado pelo promotor Alcides Giménez, do Ministério Público do Paraguai.

Local tinha três transformadores de energia. Foto: Gentileza/Ande
Local tinha três transformadores de energia. Foto: Gentileza/Ande

Assalto

Também em Hernandarias, na madrugada de quinta-feira (8), quatro homens armados invadiram uma propriedade rural, situada na colônia Félix de Azara, e renderam um morador que dormia no momento da ação. O objetivo era roubar cerca de 300 computadores usados para a mineração de criptomoedas.

Além das máquinas, o grupo levou um gerador de energia, o aparelho que armazenava as imagens das câmeras de segurança, um notebook e um televisor. O material foi transportado em um caminhão de médio porte, filmado pelas câmeras de um posto de combustíveis localizado nas proximidades.

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