A Câmara de Importadores de Calçados do Paraguai está reivindicando, às autoridades aduaneiras do país, a ampliação da fiscalização em relação aos calçados que entram ilegalmente em território paraguaio, por locais como a fronteira com Foz do Iguaçu.

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Em declarações reproduzidas pelo jornal La Clave, o empresário Fidelino Díaz, presidente da entidade, disse que a média diária de contrabando é de cinco mil pares de calçados por dia, os quais são posteriormente revendidos em todo o Paraguai.

“Empresas do outro lado da Ponte da Amizade investem muito forte em propaganda no nosso país, fazem sua pré-venda, vendem e as transportadoras de Ciudad del Este fazem a mercadoria chegar até o destino final”, afirmou o empresário.

Além do estoque de vendedores informais e de alguns estabelecimentos lojistas, o calçado contrabandeado (principalmente do Brasil) estaria inundando as plataformas eletrônicas de compra e venda de produtos no Paraguai.

“Foram apreendidos 40 mil pares de calçados de contrabando em uma rede de lojas. As autoridades sabem do esquema, principalmente o pessoal da Aduana. Os produtos passam pela própria ponte, não é pela água ou por outros meios”, denunciou.

Nesse sentido, o empresário cobrou dos dirigentes políticos mais empenho em reprimir a prática, uma vez que a venda irregular de produtos, sem o pagamento de impostos, representa concorrência desleal para as importadoras que operam legalmente no setor.