Agentes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Paraguai, fizeram uma nova apreensão de maconha procedente dos Estados Unidos. Somente em 2025, já ocorreram pelo menos três interceptações do tipo, revelando uma nova modalidade de tráfico.
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De acordo com o boletim distribuído à imprensa, a erva, com alto teor do alucinógeno THC, foi descoberta durante fiscalização de rotina.
Com o auxílio de um cão farejador, os antidrogas do Paraguai identificaram duas encomendas suspeitas no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, na região de Assunção. As etiquetas indicavam que os pacotes tinham Ciudad del Este como destino.
Conforme a Senad, em um dos embrulhos, a maconha estava oculta entre equipamentos para solda industrial. No segundo pacote, a droga apareceu camuflada entre forros para bancos de veículos.
A abertura das encomendas ocorreu nessa terça-feira (8), no Palácio de Justiça do Paraguai, com a presença de representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário.
A droga totalizou 2,7 quilos, quantidade considerada pequena, mas que poderia render cerca de US$ 11 mil (R$ 60 mil) aos responsáveis pelo tráfico. Cada quilo da versão “importada” da maconha, de acordo com a Senad, vale em torno de US$ 4 mil.
A fiscalização da Senad no principal aeroporto do Paraguai tem duplo objetivo. Ademais de evitar a entrada de drogas no país, o trabalho visa a impedir o uso do país como escala para o envio de cocaína e outras drogas de alto valor.
Já a “importação” de maconha dos Estados Unidos chama atenção por vários motivos. O Paraguai, vale lembrar, está entre os principais produtores da erva na América do Sul, escoando sua safra ilícita para vizinhos como Brasil e Argentina.