Paraguai ativa alerta epidemiológico contra varíola dos macacos

Medida é preventiva, já que o único caso suspeito no continente é o de um argentino que voltou da Espanha.

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Medida é preventiva, já que o único caso suspeito no continente é o de um argentino que voltou da Espanha.

O Ministério da Saúde Pública e Bem-Estar Social do Paraguai ativou, nessa terça-feira (24), um protocolo de alerta epidemiológico em relação à varíola dos macacos. Até o momento, há somente um caso suspeito na América do Sul, o de um argentino que voltou da Espanha. O Brasil também anunciou medidas de prevenção.

O alerta ativado pelo Paraguai segue recomendação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que considera provável a chegada da doença ao continente. O vírus causador da varíola dos macacos é originário da África e circula de forma endêmica em países como Congo e Nigéria, que concentram a maior quantidade anual de casos.

“Toda pessoa com sintomas compatíveis (em especial, erupções na pele) e antecedentes de viagem a regiões que estão registrando casos devem praticar o isolamento social, usar máscaras e procurar atendimento. Ante qualquer suspeita, as equipes de saúde devem notificar imediatamente o Sistema Nacional de Vigilância”, pede o ministério, em nota.

Além das feridas em locais como pés e mãos, os sintomas mais comuns são dores no corpo, dores de cabeça, cansaço e inchaço dos nódulos linfáticos. O período de incubação é de cinco a 21 dias. A vacina contra a varíola humana protege das formas mais graves da doença, cuja recuperação pode levar até quatro semanas.

A transmissão, na maioria dos casos, ocorre por contato próximo com o doente. Isolamento, uso de máscara, higienização constante das mãos e lavagem separada de roupas e lençóis são medidas avaliadas como eficientes para a contenção do vírus.

O surto atual chama a atenção pelo fato de ser a primeira vez que a varíola dos macacos está sendo transmitida entre pessoas que não estiveram na África. O boletim mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirma 131 casos em 19 países, com destaque para nações da Europa e América do Norte.

Argentina

No último domingo (22), o Ministério da Saúde da Argentina reportou o primeiro caso suspeito na América do Sul, referente a um morador da província de Buenos Aires que retornou de viagem à Espanha no dia 16. O homem apresenta bom estado de saúde, e as primeiras análises indicam alto grau de compatibilidade com o vírus transmissor.

Oscar Alarcón, ministro da Saúde da província fronteiriça de Misiones, disse que é preciso ter cautela. “Na Argentina, hoje temos um caso suspeito, o que serve de alerta para todos os sistemas sanitários, mas não é algo que deva provocar alerta em toda a população”, considerou Alarcón, em entrevista ao Canal 12.

Brasil

No Brasil, o Ministério da Saúde determinou, na segunda-feira (23), a criação de uma Sala de Situação para “monitorar o cenário da varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. A medida tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial para a doença”.

O único brasileiro infectado pelo vírus, até a publicação desta notícia, é um turista que esteve em Portugal e na Espanha e apresentou sintomas durante passagem pela Alemanha. O viajante está em isolamento no país europeu e seu estado de saúde é considerado bom, sem registro de complicações.

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