Varíola dos macacos: Argentina monitora primeiro caso suspeito na América do Sul

Homem mora na província de Buenos Aires e voltou de viagem à Espanha, país onde foi detectado um foco da doença.

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Homem mora na província de Buenos Aires e voltou de viagem à Espanha, país onde foi detectado um foco da doença.

O Ministério da Saúde da Argentina comunicou, na noite de domingo (22), que está monitorando o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos na América do Sul. Trata-se de um homem residente na província de Buenos Aires, que apresentou sintomas após voltar de viagem recente à Espanha, país onde um foco foi detectado.

De acordo com as informações, o paciente tem “bom estado geral” de saúde e está sendo acompanhado por equipes do ministério, que relataram quadro de “pústulas [bolhas com pus] em diversas partes do corpo e febre”. Ele retornou à Argentina no dia 16, e pessoas próximas também serão monitoradas.

Até o fim de semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha confirmado 94 casos em 15 países não endêmicos para o vírus, que afeta moradores de partes da África Ocidental e Central. A transmissão entre os seres humanos ocorre por contato próximo e pode ser contida com medidas como isolamento e cuidados de higiene.

Além das feridas em locais como pés e mãos, os sintomas mais comuns são dores no corpo, dores de cabeça, cansaço e inchaço dos nódulos linfáticos. O período de incubação é de cinco a 21 dias. A vacina contra a varíola humana protege contra as formas mais graves da doença, cuja recuperação pode levar até quatro semanas.

Transmissão

O surto atual chama a atenção pelo fato de ser a primeira vez que a varíola dos macacos está sendo transmitida entre pessoas que não estiveram na África, onde Congo e Nigéria têm os maiores registros anuais de infectados.

Na Europa, os primeiros casos foram reportados no Reino Unido, Itália, Portugal, Espanha e Suécia. Na Alemanha, a primeira confirmação foi no dia 20, com um brasileiro de 26 anos, que chegou ao país após passagem por Portugal e Espanha. Nas Américas, além do caso suspeito na Argentina, há registros no Canadá e Estados Unidos.

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