Paraguai reajusta salário mínimo, e valor chega a R$ 1,9 mil

Recomposição de 11,4%, confirmada em decreto presidencial, passa a valer a partir de 1º de julho.

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Recomposição de 11,4%, confirmada em decreto presidencial, passa a valer a partir de 1º de julho.

O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, assinou, nessa terça-feira (21), o decreto que reajusta em 11,4% o valor do salário mínimo no país, que subirá para G$ 2.550.307 (R$ 1.914,62, na cotação oficial de 22/6) a partir de 1º de julho. Segundo o governo, a elevação é a maior desde os 10% concedidos em 2014.

Apesar de significativo, o percentual leva em conta apenas a inflação acumulada nos últimos 12 meses (exatos 11,4%), não trazendo ganho real ao trabalhador. Outro ponto limitante é que, em razão dos altos índices de informalidade no mercado de trabalho, o benefício pode chegar a pouco mais de um terço da população em fase ativa no país.

No Paraguai, o valor do salário mínimo é atualizado todos os anos no mês de julho, tendo como base estudos elaborados por um órgão específico, o Conselho Nacional de Salários Mínimos (Conasam), subordinado ao Ministério do Trabalho.

Na comparação nominal, sem considerar variáveis como equivalência de custo de vida e poder de compra, o mínimo legal no Paraguai supera o dos países vizinhos. Na Argentina, o valor nacional para junho é de P$ 45.540 (R$ 1.893,23, na cotação oficial de 22/6). No Brasil, está em R$ 1.212.

Já a inflação, fator que mais corrói os rendimentos do trabalhador, tem taxa interanual (acumulado dos últimos 12 meses) de 60,7% na Argentina, 11,7% no Brasil e 11,4% no Paraguai. Nos cinco primeiros meses de 2022, os principais índices de cada país registram alta de 29,3% na Argentina, 5,4% no Paraguai e 4,78% no Brasil.

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