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Postos de combustíveis podem deixar de aceitar cartão na Argentina

Federação do setor pede que as operadoras reduzam as taxas e diminuam os prazos de reembolso.

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Postos de combustíveis podem deixar de aceitar cartão na Argentina
Posto com bandeira Shell à entrada de Eldorado, município ao sul de Puerto Iguazú. Imagem: Google Street View

Abastecer e pagar com cartão de crédito pode deixar de ser opção nos postos de combustíveis de toda a Argentina, em razão de uma queda de braço entre a maior associação do setor, a Confederação de Entidades do Comércio de Combustíveis e Afins (CECHA), e as operadoras das principais bandeiras de cartões.

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Em comunicado emitido à população do país, a CECHA informou que, após inúmeras tentativas de negociação em relação a pontos como as taxas cobradas pelas operadoras (que podem chegar a 1,8%) e os prazos para o repasse do dinheiro gasto pelo consumidor (de 10 a 15 dias), a entidade decidiu judicializar a questão.

“Pedimos um novo sistema, similar ao que existe em países como Brasil, Chile e Uruguai, onde estão presentes as mesmas emissoras de cartão de crédito”, detalha a instituição. “Caso não haja solução, essa situação pode fazer com que os postos de todo o país adotem a urgente decisão de aceitar apenas dinheiro e cartões de débito.”

“Em um país inflacionário como a Argentina, é claramente incompreensível que as operadoras demorem 10 dias – que, em muitos casos, acabam virando 15 – para repassar o valor da compra”, critica a entidade, destacando, ainda, o fato de que as atuais margens de lucro para a venda de combustíveis na Argentina são muito reduzidas.

O pedido às operadoras é para redução da taxa a 0,5% e efetivação do pagamento em 48 horas. Na província de Santa Fe, precisamente, o braço local da CECHA obteve decisão judicial determinando percentual de 0,5% e 72 horas para pagamento. Visa, Mastercard e demais empresas presentes no mercado argentino não se manifestaram.

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Guilherme Wojciechowski

Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.