Presidente da Câmara dos Deputados assume comando da Economia na Argentina

Sergio Massa terá como missão combater a inflação e retomar o crescimento; mudanças no gabinete incluem retorno do embaixador Daniel Scioli ao Brasil.

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Sergio Massa terá como missão combater a inflação e retomar o crescimento; mudanças no gabinete incluem retorno do embaixador Daniel Scioli ao Brasil.

Durou apenas 24 dias a permanência de Silvina Batakis na chefia do Ministério da Economia da Argentina. Nessa quinta-feira (28), o presidente Alberto Fernández oficializou a nova leva de mudanças em seu gabinete, com a criação de um “superministério” para unificar todas as áreas ligadas à gestão econômica.

Para dirigir a pasta, o escolhido foi o ex-candidato à Casa Rosada e atual presidente da Câmara dos Deputados, Sergio Massa, que entregará o comando do Legislativo à deputada Cecilia Moreau. Ambos são integrantes da Frente de Todos, coalizão que levou Fernández ao poder, tendo como vice a ex-presidente Cristina Kirchner.

Com a fusão dos ministérios da Economia, do Desenvolvimento Produtivo e da Agricultura, Pecuária e Pesca, o então ministro do Desenvolvimento Daniel Scioli retornará ao posto de embaixador argentino em Brasília, que ocupou até o início de junho. Em nota, Alberto Fernández elogiou o trabalho de Scioli no Brasil e agradeceu a sua disponibilidade.

Já a breve ministra Silvina Batakis, questionada desde a nomeação, permanecerá na estrutura do governo como presidente do Banco Nación. O pacote de mudanças inclui a troca na presidência da Agência Federal de Ingressos Públicos (AFIP) – órgão argentino equivalente à Receita Federal –, que será assumida por Carlos Castagneto.

O turbilhão de trocas ocorre em meio ao momento mais difícil atravessado pela economia argentina desde a crise do início dos anos 2000, que levou ao colapso do sistema financeiro e provocou a queda do então presidente Fernando de la Rúa.

A inflação interanual (índice formado pelo somatório dos últimos 12 meses) está na casa dos 60%, e não há sinais de que deva recuar até o fim do semestre. O peso argentino segue em trajetória de desvalorização frente ao dólar e às principais moedas regionais, agravando o problema do aumento do custo de vida para as famílias do país.

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