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App desligado. Motoristas de aplicativos em Foz protestam por tarifa mínima mais justa

Categoria afirma que há cinco anos as plataformas não aumentam o valor do quilômetro rodado nas corridas para os profissionais. Assista ao vídeo.

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Movimentou incluiu carreata pelas ruas de Foz do Iguaçu - Foto: Divulgação

Categoria afirma que há cinco anos as plataformas não aumentam o valor do quilômetro rodado nas corridas para os profissionais. Assista ao vídeo. 

Motoristas de transporte por aplicativo em Foz do Iguaçu aderiram a protesto nacional nesta terça-feira, 23, para defender tarifa mínima das corridas mais justa. A categoria afirma que empresas não aumentam o valor do quilômetro rodado aos profissionais há pelo menos cinco anos.

Assista ao vídeo da reportagem:


Conforme os trabalhadores, que são autônomos e não dispõem de garantias trabalhistas, o custo de vida e o preço do litro de combustível vêm subindo ao longo dos anos. Para eles, o atual patamar da tarifa poderá inviabilizar a profissão no país.

A mobilização em Foz do Iguaçu foi realizada no estacionamento de um comércio que fica no cruzamento das avenidas Paraná e Venezuela. Concentrados no local, os motoristas desligaram os aplicativos para chamadas de corridas no horário das 8h30 às 13h.

Durante o movimento, os profissionais de transporte por aplicativo percorreram as principais ruas e avenidas da cidade em carreata. O trajeto incluiu a Avenida República Argentina, JK, Jorge Schimmelpfeng, General Meira, Morenitas, Felipe Wandscheer, Costa e Silva, entre outras.

Motoristas dizem que custo de vida e a gasolina subiu, mas tarifa mínima permanece congelada – Foto: Marcos Labanca/H2FOZ

A taxa mínima é cobrada em corridas de até três quilômetros, explica o presidente da Associação de Motoristas por Aplicativos de Foz do Iguaçu (AMAFI), Geronimo Centurion. “Aderimos à manifestação nacional porque os aplicativos não apresentam nenhuma posição positiva”, expôs.

“Uma corrida de três quilômetros tem o preço bruto de R$ 5, por exemplo. Esse valor não atende às demandas de um motorista, de uma pessoa que possui um carro para trabalhar”, enfatizou. “Queremos uma franquia mínima justa e condizente”, sublinhou Geronimo.

“As empresas de aplicativos cobravam R$ 5,50 o valor da tarifa mínima, que foi reajustado para R$ 5,80”, complementou o motorista Aldair José. “Mas elas [empresas] sequer repassaram esses R$ 0,30 para nós, que foi embolsada por elas”, reclamou.

De R$ 10 ficam R$ 7

Os condutores de veículos de transporte de passageiro apresentaram um cálculo referente ao preço das corridas. De um deslocamento hipotético de R$ 10, ficam R$ 7 para o motorista. O restante vai para as empresas de aplicativos.

Profissionais desligaram os aplicativos na manhã desta terça-feira – Foto: Marcos Labanca/H2FOZ

Com a sua parte de 70%, o profissional extrai o pagamento do combustível, manutenção do carro e sua remuneração. Em muitos casos, esse valor é destinado ao financiamento ou locação do veículo usado no trabalho. Eles apontaram que, com produtos como Uber Promo e 99 Poupa, o valor que fica aos trabalhadores é ainda menor.

“Nossas reivindicações maiores são contra as plataformas, principalmente Uber e 99. Elas praticam tarifas defasadas”, revelou o motorista Marlos Augusto. “O preço do combustível disparou, mas nossa tarifa está congelada há mais de cinco anos. Está inviável trabalhar”, completou.

Em Foz do Iguaçu, o transporte por aplicativos opera desde 2018, por meio de empresas como Uber, Garupa, 99, inDriver, Moby, DriverFoz e Chofer 46. A AMAFI estimou em 32 mil o total de viagens diárias nesse serviço durante o período anterior à pandemia.

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