Quase 8% dos moradores de Foz do Iguaçu vivem em favelas e comunidades urbanas, totalizando 22.741 pessoas. Os dados do Censo 2022 — divulgados nessa sexta-feira (5) — revelam a precária infraestrutura dessas áreas e as profundas disparidades em relação ao restante da cidade.
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Ao todo, foram contabilizadas 33 favelas em Foz do Iguaçu, com a comunidade do Bubas, na região do Porto Meira, sendo a mais populosa, com mais de quatro mil moradores. Em seguida, aparecem Vila Independente (2.584 habitantes), na região do Portal da Foz; Jardim Morenitas (1.482), no Porto Meira; Jardim Jupira (1.228); e Jardim Canadá/Vila Brás (1.149).
Entre mulheres e homens, elas representam 51,6%, e eles, 48,4%. Por faixa etária, jovens de até 19 anos somam mais de oito mil pessoas (36% do total), enquanto idosos acima de 60 anos ultrapassam dois mil. O retrato demográfico das favelas iguaçuenses aponta uma população majoritariamente formada por pessoas que se declaram pardas (50,2%), seguidas por brancos (42,9%) e pretos (6,5%).
Problemas estruturais
O levantamento também evidencia gargalos de infraestrutura que comprometem a qualidade de vida nas favelas de Foz do Iguaçu. Rampas para cadeirantes, por exemplo, existem em apenas 7,8% das áreas, obstáculos bloqueiam 50,8% das calçadas, quando essas existem. Isso porque elas estão presentes em somente 57,3% dos trechos. Fora das comunidades, esse índice aumenta para 95%.
Além disso, o IBGE investigou a capacidade das ruas e vielas das favelas para veículos, algo essencial para serviços públicos como coleta de lixo e ambulâncias. Em Foz do Iguaçu, 78,8% das vias nas favelas suportam caminhões ou ônibus, contra 98,1% fora das comunidades.
O levantamento revela que quase um terço dos habitantes das favelas mora em trechos de vias sem ao menos uma árvore em área pública. Quanto à iluminação pública, a cobertura cai de 99,2% fora das comunidades para 79,5% dentro delas.

