Foz do Iguaçu, 40 graus? Sim! E uma semana inteirinha de tempo seco, com uma ressalva

Previsão é de mais calor nos próximos dias. Dois serviços de meteorologia preveem 40 graus na quinta-feira, dia 10. E só um prevê chuva na semana.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

Pode jogar no lixo o guarda-chuva, se ele já não estiver meio no fim da vida. Ou aposentar, se for o caso. Porque chuva, em Foz, está difícil.

Esta secura, que prejudica a qualidade do ar, vai prosseguir durante toda a semana que se inicia amanhã, dia 7.

Quanto ao ar em Foz, a qualidade é “razoável”, segundo o site AccuWeather. Isto é, “aceitável para a maioria das pessoas. No entanto, grupos sensíveis podem apresentar sintomas leves a moderados em caso de exposição prolongada”.

O que está pegando, afinal, pra deixar o ar apenas razoável? É a poluição por ozônio ao nível do solo, explica o AccuWeather, que “pode agravar doenças respiratórias existentes, além de induzir dores de garganta, dores de cabeça e dor no peito”.

E a gente vai além. O ozônio é um dos gases do efeito estufa, que contribui para agravar a poluição do ar das cidades e provoca chuva ácida. Ele só é um problema quando está aqui embaixo. Na estratosfera, entre 25 e 30 km acima da superfície, funciona como um filtro. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida na terra, segundo a organização ambientalista WWF-Brasil.

Se você sente um dos sintomas citados, já tem a quem (ou o que) culpar. Quanto a este calor exagerado para a época, a culpa é do ser humano, que de tanto poluir o planeta acabou alterando o clima no mundo inteiro.

Antes de falar da primavera, que começa este mês, vamos mostrar as previsões, resumidamente, para os próximos dias.

Quinta-feira literalmente quente

Simepar: mínimas entre 16 e 20 graus, ao longo dos próximos dias, e máximas entre 27 e 33 graus (na quinta-feira). Chuva só no próximo domingo (se tiver torcida favorável).

CPTEC/Inpe: mínimas entre 18 e 20 graus e máximas entre 30 e 38 graus (também na quinta-feira). Previsão de chuva pra segunda-feira da semana que vem, dia 14.

Inmet: mínimas entre 21 e 22 graus e máximas entre 32 e 40 graus (pra variar, é a máxima prevista pra  quinta-feira). Como o Inmet só faz prognósticos pra quatro dias à frente, até quinta nada de chuva.

AccuWeather: mínimas entre 18 e 21 graus, máximas entre 28 e 34 graus (na quinta-feira). “Pancadas de chuva” no sábado, 12, e também no domingo.

Climatempo: mínimas entre 15 e 21 graus, máximas entre 26 e 33 graus (na quinta-feira, que indiscutivelmente  será o dia mais quente da semana). Chuva? Epa, este é o único dos cinco serviços de meteorologia que prevê chuvas ainda durante esta semana.

E já na segunda-feira, 7. Há 90% de chances de ocorrerem “pancadas de chuva à tarde e à noite”, segundo o Climatempo. E a dose se repete na quarta-feira, 9. Depois, tempo seco até o dia 18.

O que faz esta canga, “lembrança de Búzios”, no arrabalde de Foz? Ninguém sabe, ninguém viu. Foto Patrícia Iunovich

Primavera menos chuvosa

No dia 22 deste mês, às 10h31, começa oficialmente a primavera. Cá pra nós, as temperaturas já são primaveris (na quinta-feira quente desta semana, calor de verão).

Havia expectativa entre os meteorologistas de que a primavera traria chuvas, fundamentais pra recuperar os mananciais de água no Paraná, especialmente na região metropolitana de Curitiba, a mais ameaçada de racionamento.

Mas paira uma incógnita: entrará em ação La Niña? Entidades climatológicas mundiais já dizem que há 70% deste fenômeno ocorrer. No caso do Brasil, La Niña vai provocar chuvas no Nordeste (sorte deles!) e seca no Sul.

Como no Paraná, especialmente, já passamos meses e meses de seca, a situação pode ficar dramática, prejudicando o abastecimento de água, de energia elétrica e a produção agrícola.

La Niña é um fenômeno oceânico-atmosférico, que consiste no esfriamento da temperatura das águas da superfície do Oceano Pacífico. Isso gera mudanças significativas nos padrões de precipitação e temperatura em todo o planeta.

La Niña (a menina, em espanhol) é fenômeno  oposto ao El Niño, quando a temperatura das águas do Pacífico aquecem.

Ambos, no entanto, embora produzam mudanças diferentes e nem sempre nos mesmos locais, têm a função de agir como crianças que são: bagunçar tudo. Sem a menor preocupação.

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