Maconha “vip” viria ao Brasil, via Ciudad del Este, em latas de pêssegos da Califórnia

Apreensão foi no aeroporto Silvio Pettirossi, em Assunção. Também foi apreendida cocaína que iria para a Índia dentro de livros infantis.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

A esperteza e sagacidade dos traficantes internacionais de drogas não tem limites. E o Paraguai faz parte da rota de entrada e saída de cocaína e maconha, nas mais diferentes formas.

Na segunda-feira, 23, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai abriu no Palácio da Justiça de Assunção as encomendas apreendidas no dia 9 deste mês, no aeroporto Silvio Pettirossi.

As apreensões provaram que dois cães, Astérix e Bono, foram ainda mais espertos que os traficantes. Foram eles que perceberam “algo de estranho” em pacotes desembarcados no aeroporto internacional Silvio Pettirossi, de Assunção, que resultaram em apreensões no mínimo curiosas.

Uma das apreensões foi de maconha especial, que veio de San Diego, na Califórnia (EUA), dentro de uma carga de latas de pêssegos em calda, que tinha como destino Ciudad del Este. O cão Astérix foi quem detectou a droga.

A “maconha vip”, como a própria Senad denominou, contém alta concentração de THC, a substância que provoca o “barato” quando a droga é fumada.

Foram apreendidas duas remessas, com um total de 34 latas. A droga pesou 17,3 quilos e foi avaliada pela Senad em US$ 50 mil (ao câmbio de hoje, quase R$ 270 mil).

De Ciudad del Este, os traficantes iriam abastecer com a maconha especial “segmentos de alto poder aquisitivo”, como disse a Senad, nos mercados brasileiro e argentino.

Apresentação das apreensões, pela Senad, foi nesta segunda-feira, 23. Foto Senad

Sabor limão

Duas dessas latas chamaram a atenção dos agentes da Senad: elas continham maconha com cor e aroma de “suco de limão”, por isso a conclusão é que hoje a droga já circula com diversos sabores e texturas. É um “barato de luxo”.

Cocaína em livros infantis

A cocaína estava nas páginas de livros infantis. Foto Senad

Em outro procedimento, naquele mesmo dia, o cão Bono, que também ajuda a fiscalizar o aeroporto Silvio Pettirossi, alertou os agentes da Senad para uma carga de livros de contos infantis, entre os quais “Chapeuzinho Vermelho”, que seguiria para a Índia.

Os agentes verificaram os livros e descobriram que, no interior deles, havia lâminas de cocaína, que totalizaram 463 gramas. O valor no destino final – a cidade indiana de Chennai – chegaria a US$ 20 mil (R$ 107 mil).

As informações sobre essas apreensões foram publicadas pela Senad em sua página no Instagram, mas há detalhes que retiramos de matéria publicada pela agência espanhola Efe.

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