Prefeitura de Ciudad del Este fecha mais uma loja que enganou comprador brasileiro

A vítima foi um turista de São Paulo, que no sábado comprou relógios e recebeu produtos que não funcionavam.

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H2FOZ – Cláudio Dalla Benetta

A loja “Polishop”, no shopping Jebai Center, em Ciudad del Este, foi fechada nesta terça-feira (17) pelo diretor de Defesa do Consumidor da Prefeitura, Richard González.

O comércio, que pertence a Israel Zacarías Armoa (31), que estava no local quando os fiscais chegaram, lesou um comprador de São Paulo, no sábado, conforme a denúncia publicada no jornal La Clave.

O brasileiro Alex Komatsu comprou vários relógios, no valor total de US$ 500, por meio de cartão de crédito. No entanto, recebeu modelos diferentes do que negociara e que, além do mais, não funcionavam.

Quando reclamou, os encarregados da loja disseram que não poderiam alterar nenhum produto nem cancelar a venda. Komatsu procurou a polícia e fez a denúncia, que acabou com o fechamento do local.

Assalto

A loja não tinha autorização para funcionar. Só estava aberta para atrair turistas e assaltá-los. Foto Arquivo

Há 11 dias, a Prefeitura de Ciudad del Este havia fechado a loja “Xiaomi Samsung”, onde um turista brasileiro havia sido vítima de assalto.

O turista Aldair Sales da Silva, de Manaus (AM), foi levado até a loja por um falso guia de compras (pirañita), para comprar um celular.

Quando chegou à loja, havia mais dois homens. Os três o assaltaram e levaram dele R$ 1.500, ameaçando-o caso procurasse a polícia para fazer queixa.

Mas ele não se intimidou e fez a reclamação. No dia seguinte, os fiscais da Prefeitura foram até o local para fechar a loja e descobriram que sequer contava com autorização de funcionamento.

Mais controle

Já na semana passada, a Prefeitura de Ciudad del Este começou uma operação para controlar os negócios no microcentro comercial. A intenção é fechar as lojas clandestinas, que, segundo o jornal ABC Color, “abundam no microcentro”.

Um dos problemas é justamente a ação dos guias de compras, que não têm autorização para atendimento aos visitantes.

Nesta segunda-feira, foi formada uma comissão interinstitucional com o fim de estabelecer ações contra as práticas criminosas que vitimam os turistas.

A comissão é integrada por representantes de lojistas, da Polícia Nacional, de motoristas, do comércio de rua e de autoridades locais. O promotor Edgar Torales foi integrado oficialmente ao grupo, para apurar os casos informados pela Diretoria de Polícia Turística, que intervém em ilícitos cometidos contra os visitantes.

O chefe de gabinete do governo do departamento de Alto Paraná, José Ayala Cambra, diz que a comissão formará uma rede de comunicação para que todos os comerciantes possam denunciar, entre outros, os crimes provocados pelos “pirañitas”.

“Isto tem que ser uma causa departamental, porque cada turista vítima de fraude representa menos pão na mesa dos cidadãos. Temos vários desafios: prestar informação útil aos turistas e comerciantes, além de estabelecer uma rede de denúncias. Cada vendedor de rua, cada taxista deve ser colaborador da polícia para combater estes fatos criminosos”, afirmou Ayala Cambra, segundo o ABC Color.

Fraude contra brasileiro levou à interdição do comércio. Foto La Clave
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