Na cena, bailarina alia a leveza da arte à beleza da natureza. Realizadores iguaçuenses realçam o sentimento de pertencimento que o Parque Nacional do Iguaçu desperta. Assista.
Com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça fica fácil retratar as majestosas Cataratas do Iguaçu, no “quintal de casa”, em Foz do Iguaçu. Não para os realizadores audiovisuais Carlos Cezare e Marcos Labanca, que simplesmente decidiram fazer as águas das quedas mais famosas do mundo jorrarem ao contrário.
Todo o processo de filmagem foi em reverso. O acervo foi invertido no momento da edição, fazendo parecer que as imagens foram capturadas tal qual aparecem no trabalho. No vídeo, a cena das Cataratas do Iguaçu é o ponto final, mas na gravação ela foi o ponto de partida. O olhar atento ao espelho d’água decifra a técnica usada.
Os produtores fizeram bem mais. A artista Isabele Ferreira percorre trilhas do Parque Nacional do Iguaçu (PNI) estabelecendo, por meio da leveza cênica, um diálogo estreito com a natureza. O resultado do trabalho são três minutos de imersão profunda, como uma janela que se abre para a beleza e a poética.
Esse percurso criativo tem o objetivo de valorizar as Cataratas do Iguaçu e a sua universalidade. A intenção, explicaram ao H2FOZ os produtores da obra, é realçar a percepção e a sensação individual de cada pessoa que visita a exuberância das quedas d’água e o sentimento de pertencimento ao lugar – que é de todos, afirmam.
O título do vídeo é Cataratas da Isabele. “É para mostrar que as Cataratas do Iguaçu são de todos nós, de todas as pessoas”, explicou o diretor Carlos Cezare. “Porque cada pessoa tem um olhar próprio das Cataratas do Iguaçu e a interpreta de forma diferente, a partir de suas sensações. E cada visita provoca uma percepção diversa”, apontou.
Responsável pela direção de fotografia, Marcos Labanca acumula experiência de anos registrando as Cataratas do Iguaçu, devido ao seu ofício de fotojornalista. Ele conta que o conteúdo exigiu novos desafios, já que o vídeo foi gravado em plano contínuo, após diversas tentativas, em razão da visitação pública.
“A gravação foi feita em uma tomada só, que é o chamado plano-sequência. Foram feitos alguns cortes na edição, mas a tomada em si foi uma vez só”, relatou. “Não usamos efeitos especiais. Só recorremos à inversão do sentido, gravando as cenas de trás para a frente. Acho que esse recurso não havia sido usado nas Cataratas do Iguaçu”, expôs.
Nos próximos dias, os produtores lançarão o segundo conteúdo com a mesma temática, chamado de Cataratas da Luma. O material é veiculado em redes sociais, portais e outros canais interessados na divulgação dos vídeos.
Cataratas da Isabele
Direção, edição e roteiro: Carlos Cezare
Direção de fotografia: Marcos Labanca
Bailarina: Isabele Ferreira
Assistente de produção: Karina Paukosvki
Comentários estão fechados.