A gestão estadual oficializou a parceria para a criação do Centro Pompidou Paraná, nome oficial para o futuro museu internacional de arte em Foz do Iguaçu. Será o primeiro satélite das Américas da renomada instituição francesa.
O fechamento da parceria ocorreu nesta quarta-feira, 28, em Paris, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e o presidente da instituição, Laurent Le Bon. Pompidou é um dos equipamentos culturais mais prestigiados no mundo das artes moderna e contemporânea.
O ato abre uma nova etapa, reconhecendo Foz do Iguaçu, na fronteira, como parte da estratégia internacional do Pompidou. O espaço mantém unidades em cidades como Málaga (Espanha), Bruxelas (Bélgica), Xangai (China) e Alula (Arábia Saudita).
“Hoje é um dia histórico, com o anúncio oficial da vinda do Centro Pompidou a Foz do Iguaçu”, afirmou o governador. “Será uma grande oportunidade de trazer grandes exposições ao Paraná, colocando-o no circuito internacional de museus”, completou Ratinho Junior.
O Centro Pompidou é considerado um dos cinco maiores museus do planeta. O investimento na unidade iguaçuense será de R$ 200 milhões, oriundos do Governo do Estado. A edificação ficará na rodovia que leva às Cataratas do Iguaçu e ao aeroporto.
O governo prevê publicar a licitação neste ano, com inauguração projetada para 2027. O acordo firmado estipula uma cooperação inicial de cinco anos com o Centre Pompidou. O plano de trabalho envolve ações educativas, com foco na formação de públicos, professores e realizadores culturais.
Presidente do Centre Pompidou, Laurent Le Bon considerou a celebração da parceria como um dia histórico. “Assinamos o acordo para o novo Centro Pompidou do Paraná, em Foz do Iguaçu, o que é histórico, porque a unidade do Paraná terá o DNA do Centre Pompidou de Paris, mas com uma nova arquitetura que conecta a arte à natureza.”
Centro Pompidou em Foz do Iguaçu
Prevê programação multidisciplinar, com exposições de arte moderna e contemporânea, apresentações cênicas, festivais, ciclos de cinema, conferências e residências artísticas. A proposta é destacar a produção artística da América Latina e valorizar o dinamismo cultural das Três Fronteiras da Argentina, Brasil e Paraguai.
O projeto arquitetônico está a cargo do arquiteto paraguaio Solano Benítez, que usa em seus trabalhos materiais sustentáveis como o tijolo cerâmico. Premiado com o Leão de Ouro da Bienal de Veneza em 2016, Benítez propõe uma construção que se integre ao território e valorize soluções de baixo impacto ambiental.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)