Rádio Clube
H2FOZ
Início » Últimas Notícias » Dengue tem queda de 85% no número de casos no Paraná, aponta Saúde

GovPR

Saúde pública

Dengue tem queda de 85% no número de casos no Paraná, aponta Saúde

Entre janeiro e julho, ocorrências da doença caíram de 613 mil para 87 mil; óbitos também diminuíram.

3 min de leitura
Dengue tem queda de 85% no número de casos no Paraná, aponta Saúde
A doença tem impacto na saúde individual e coletiva - foto ilustrativa: Freepik
Publicidade

O número de casos de dengue no Paraná caiu 85%, entre janeiro e julho, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em relação ao mesmo período do ano passado, os registros reduziram de 613.371 para 87.598.

Houve, ainda, redução de 82,30% dos óbitos em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti, considerando os seis primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2024, sendo:

Publicidade
  • 2024: 729 mortes por dengue:
  • 2025: 125.

As notificações da infecção retrocederam de 72,13%, caindo de 910.855 para 253.889. Assim como no ano passado, os sorotipos circulantes da doença no Paraná são o DENV-1, 2 e 3, informa a Sesa.

Como se explica essa redução dos indicadores da doença? A Secretaria de Saúde afirma que o método inclui trabalho contínuo, parceria entre o estado e os municípios e uso de recursos de melhores resultados.

“Estamos investindo em tecnologias mais eficazes para o monitoramento e controle do vetor, capacitando nossas equipes e fortalecendo a atuação na atenção básica e na vigilância em saúde”, avalia o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Publicidade

Por exemplo, algumas cidades estão utilizando armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti. Neste ano, após a implementação da estratégia como política pelo Ministério da Saúde, o Paraná reforçou a ação.

As armadilhas são como um criadouro para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos. Depois da instalação, os municípios vistoriam essas unidades periodicamente, contando e identificando laboratorialmente a quantidade de ovos encontrados em cada ovitrampa.

Publicidade

“Esse dado representa a densidade do vetor nas áreas urbanas e permite que as ações de combate sejam direcionadas com maior precisão”, elenca a Sesa. A ação é usada em 170 localidades, 43% do território estadual.

Dengue em queda

A secretaria também oferece apoio técnico aos municípios para implantação de tecnologias como a borrifação residual intradomiciliar. E o método Wolbachia, que já soma a liberação de mais de 94 milhões de mosquitos em Londrina e Foz do Iguaçu.

“O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que quando presente no mosquito impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, chikungunya e zika vírus”, explica a Secretaria de Estado da Saúde. E causa a redução da transmissão dessas doenças, completa.

Entre outras ações do Paraná contra a dengue estão:

  • capacitações contínuas promovidas pela Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa para o fortalecimento das ações de saúde, com oficinas macrorregionais;
  • treinamentos sobre manejo clínico em todo o estado; e
  • ações voltadas à vigilância epidemiológica e à atenção primária, previstas para o segundo semestre.

Fábrica de Wolbitos

O Paraná conta com a maior biofábrica do mundo de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados Wolbitos, em Curitiba. Ela vai ampliar a produção em larga escala de mosquitos utilizados no controle biológico do vetor transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. É uma das estratégias nacionais do Ministério da Saúde.

(Com informações da Agência Estadual de Saúde)

Você lê o H2 diariamente?
Assine no portal e ajude a fortalecer o jornalismo.

Paulo Bogler

Paulo Bogler é repórter do H2FOZ. Com enfoque em pautas comunitárias, atua na cobertura de temas relacionados à cidade, política, cidadania, desenvolvimento e cultura local. Tem interesse em promover histórias, vozes e o cotidiano da população. E-mail: bogler@h2foz.com.br.

Deixe um comentário