O número de casos de dengue no Paraná caiu 85%, entre janeiro e julho, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em relação ao mesmo período do ano passado, os registros reduziram de 613.371 para 87.598.
Houve, ainda, redução de 82,30% dos óbitos em decorrência da doença transmitida pelo Aedes aegypti, considerando os seis primeiros meses deste ano e o mesmo período de 2024, sendo:
- 2024: 729 mortes por dengue:
- 2025: 125.
As notificações da infecção retrocederam de 72,13%, caindo de 910.855 para 253.889. Assim como no ano passado, os sorotipos circulantes da doença no Paraná são o DENV-1, 2 e 3, informa a Sesa.
Como se explica essa redução dos indicadores da doença? A Secretaria de Saúde afirma que o método inclui trabalho contínuo, parceria entre o estado e os municípios e uso de recursos de melhores resultados.
“Estamos investindo em tecnologias mais eficazes para o monitoramento e controle do vetor, capacitando nossas equipes e fortalecendo a atuação na atenção básica e na vigilância em saúde”, avalia o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Por exemplo, algumas cidades estão utilizando armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti. Neste ano, após a implementação da estratégia como política pelo Ministério da Saúde, o Paraná reforçou a ação.
As armadilhas são como um criadouro para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos. Depois da instalação, os municípios vistoriam essas unidades periodicamente, contando e identificando laboratorialmente a quantidade de ovos encontrados em cada ovitrampa.
“Esse dado representa a densidade do vetor nas áreas urbanas e permite que as ações de combate sejam direcionadas com maior precisão”, elenca a Sesa. A ação é usada em 170 localidades, 43% do território estadual.
Dengue em queda
A secretaria também oferece apoio técnico aos municípios para implantação de tecnologias como a borrifação residual intradomiciliar. E o método Wolbachia, que já soma a liberação de mais de 94 milhões de mosquitos em Londrina e Foz do Iguaçu.
“O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que quando presente no mosquito impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, chikungunya e zika vírus”, explica a Secretaria de Estado da Saúde. E causa a redução da transmissão dessas doenças, completa.
Entre outras ações do Paraná contra a dengue estão:
- capacitações contínuas promovidas pela Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa para o fortalecimento das ações de saúde, com oficinas macrorregionais;
- treinamentos sobre manejo clínico em todo o estado; e
- ações voltadas à vigilância epidemiológica e à atenção primária, previstas para o segundo semestre.
Fábrica de Wolbitos
O Paraná conta com a maior biofábrica do mundo de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados Wolbitos, em Curitiba. Ela vai ampliar a produção em larga escala de mosquitos utilizados no controle biológico do vetor transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. É uma das estratégias nacionais do Ministério da Saúde.
(Com informações da Agência Estadual de Saúde)