O Paraná está desenvolvendo uma tecnologia para combater a violência doméstica e o feminicídio. Com a ferramenta, vítimas e policiais serão alertados em tempo real sobre descumprimento de medidas protetivas.
Assim, poderão adotar ações preventivas ante eventual ameaça do agressor. O projeto-piloto é chamado de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES), e a desenvolvedora da tecnologia tem até setembro para entregar os equipamentos.
“Nós trouxemos o que há de mais inovador em tecnologia no mundo”, frisa o diretor de Políticas Públicas da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), coronel Saulo de Tarso Sanson Silva. “É algo pioneiro no país e vai ser mais uma ferramenta fundamental para as polícias, o Judiciário e o Ministério Público.”
A Monitoração Eletrônica Simultânea funciona assim:
- dois radares se comunicam constantemente;
- de um lado, a mulher carrega um smartphone especial chamado unidade portátil de rastreamento (UPR);
- na outra ponta, o agressor usa uma tornozeleira eletrônica de última geração;
- os dois equipamentos trocam informações de localização 24 horas por dia, criando uma rede de proteção digital.
Tecnologia contra violência doméstica
Conforme o Governo do Estado, ainda que o monitoramento dos agressores seja recorrente em casos de medidas protetivas, o sistema paranaense é o primeiro do país a cruzar dados com a localização da vítima e avisá-la dos riscos. O investimento é de R$ 4,8 milhões.
Na prática, o sistema cria uma zona de proteção em dois níveis ao redor da vítima. No primeiro, a advertência tem 500 metros de raio; o segundo, de exclusão, 200 metros.
Juntos, formam uma barreira mínima de 700 metros que o agressor não pode ultrapassar. Quando o agressor se aproxima da zona de advertência, a tecnologia age como um semáforo eletrônico.
A tornozeleira começa a vibrar e emitir uma luz roxa, sinalizando que ele está entrando em área proibida. O celular da vítima dispara alertas via SMS, WhatsApp e ligação telefônica automática.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)