Pessoas presas em Foz do Iguaçu estão reduzindo suas penas em projeto de ressocialização voltado à fabricação de chinelos. São mais de mil pares a cada mês, que abastecem várias unidades.
O poder público garante os materiais, o espaço físico e a distribuição. Somente em agosto, foram entregues 1.120 pares para o Complexo Penitenciário de Foz do Iguaçu e cadeias públicas da Região Oeste.
Os pares têm numeração entre 35 e 43, atendendo integralmente à demanda local. A ação é da Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu IV (PEF IV), com apoio do Conselho da Comunidade.
“A fábrica não é apenas um empreendimento, é uma ferramenta de ressocialização que alia qualidade a custos reduzidos”, afirma o coordenador regional de Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo. A experiência alia economia para o erário e inclusão social a quem participa do sistema prisional, aponta.
Para o diretor da PEF IV, Marcos Alexandre de Jesus, o projeto é um avanço importante. “Graças à atuação do Conselho da Comunidade e da Divisão de Produção e Desenvolvimento da Polícia Penal, conseguimos manter a fábrica ativa, com qualidade na produção, economia de recursos e oportunidade de ressocialização.”
As pessoas presas que trabalham na fábrica de chinelos, de remuneração, têm direito à remição de pena. Esse benefício está previsto na Lei de Execuções Penais: a cada três dias trabalhados, há redução de um dia no cumprimento da sentença em privação de liberdade.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)


