Itaipu Binacional já adquiriu, em 2025, mais de 400 hectares de terras para comunidades indígenas da etnia guarani no Oeste do Paraná.
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Conforme a empresa, as compras fazem parte de um acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a reparação aos indígenas residentes na região na década de 1980, época da formação do lago de Itaipu.
O pacto, que envolve também o Ministério Público Federal (MPF), Ministério dos Povos Indígenas, INCRA, Funai e Conselho Nacional de Justiça, prevê investimento total de R$ 240 milhões para a aquisição de até três mil hectares.
De acordo com Itaipu, as compras já finalizadas totalizaram R$ 40 milhões. A conta inclui a aquisição da Fazenda Brilhante, de 215 hectares em Terra Roxa. No local, 68 famílias, de três comunidades, passaram a ter condições dignas de subsistência.
Já na Fazenda Amorim, de 209 hectares, em Missal, estão 36 famílias que ocupavam uma área na faixa de proteção do lago de Itaipu. A binacional adquiriu, ademais, 18 hectares do Haras Mantovani, em Terra Roxa.
Para Enio Verri, diretor-geral brasileiro, as transações representam bem mais que uma simples reparação. “Demonstram o compromisso da empresa com as políticas públicas do governo brasileiro em relação aos povos indígenas”, afirmou.
Aquisições de Itaipu para 2026
Para o início de 2026, Itaipu programou a compra dos 61 hectares restantes do Haras Mantovani (que têm outra matrícula), bem como 13 hectares em São Miguel do Iguaçu, para ampliar a comunidade do Ocoy.
“Porém, a atuação da Itaipu não se limita à aquisição. Em cada uma das áreas, serão realizadas benfeitorias como casas, postos de saúde, estradas, saneamento, entre outas”, detalhou Paulo Porto, gestor de políticas indígenas na usina.
(Com informações de Itaipu Binacional)

