Itaipu Binacional divulgou, nessa quinta-feira (18), o resultado preliminar do inventário florestal elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) nas áreas pertencentes à usina no entorno do reservatório.
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De acordo com os dados, apresentados durante um seminário em Foz do Iguaçu, os pesquisadores identificaram 397 espécies de árvores e arbustos. Tal volume equivale a quase três vezes as 139 espécies plantadas originalmente.
Conforme Itaipu, a faixa de proteção ao lago “evoluiu de um cinturão isolado de plantios para uma floresta rica, em processo de consolidação e integrada a outras áreas”.
O inventário florestal feito pela Embrapa incluiu mais de 55 mil registros em 400 áreas de amostragem entre Foz do Iguaçu e Guaíra. Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, destacou que a empresa tem atuado cada vez mais na proteção de biomas e mananciais.
“O investimento em ações como essas, além de tantas outras que protegem nosso lago, ajuda a enfrentar as mudanças climáticas e garantem a disponibilidade de nossa matéria-prima, a água, para que continuemos gerando energia por mais 190 anos”, afirmou.
A pesquisa ocorreu entre março e setembro de 2024 e obteve resultados como a presença expressiva do angico-vermelho (Parapiptadenia rigida) e de espécies de ipês.
Além disso, a área reflorestada por Itaipu conta com significativa quantidade de árvores como peroba, jequitibá, jabuticaba, pitanga e gabiroba. Parte da dispersão das sementes das espécies acontece graças à contribuição da fauna.
Sobre a faixa de proteção de Itaipu
Com mais de 1,3 mil quilômetros de extensão e 30 mil hectares de área, a faixa de proteção do reservatório de Itaipu funciona como corredor de biodiversidade.
A mata conecta locais como os parques nacionais do Iguaçu e Ilha Grande, bem como os refúgios de Itaipu e pequenos remanescentes florestais.
Conforme Itaipu, os primeiros plantios de árvores começaram no final da década de 1970, recuperando áreas até então utilizadas para a agricultura. Já a formação do lago ocorreu em 1982, com o represamento do Rio Paraná entre Foz do Iguaçu e Guaíra.
(Com informações de Itaipu Binacional)