Itaipu comunicou, nessa quarta-feira (6), que 60 famílias da etnia avá-guarani, de três comunidades, estão em processo de assentamento em uma área adquirida pela empresa.
Leia também:
Itaipu fortalece ações dos Núcleos de Cooperação Socioambiental
A propriedade, com extensão de 220 hectares, fica no município de Terra Roxa. Duas das três comunidades já habitavam o local, enquanto outra estava provisoriamente alocada a cerca de dois quilômetros de distância.
De acordo com Itaipu, até o final de agosto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) avaliará mais 22 áreas selecionadas pelos indígenas para eventual compra.
Conforme acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a binacional está disponibilizando R$ 240 milhões para a compra de até três mil hectares. As terras ficarão registradas em nome da União, para usufruto exclusivo das comunidades indígenas.
Luiz Fernando Delazari, diretor-jurídico brasileiro de Itaipu, avalia que o processo ajuda a acelerar as ações de reparação aos povos originários no Oeste do Paraná.
“Estamos aguardando as negociações dos órgãos públicos para podermos cumprir nossos compromissos”, afirma Delazari, citado pela assessoria.
Mesmo após a entrega das áreas, Itaipu continuará prestando atendimento às comunidades, por meio de convênio com o Projeto Opaná: Chão Indígena.
A iniciativa atende, atualmente, famílias indígenas residentes em Guaíra, Terra Roxa, Santa Helena, Itaipulândia e cidades do litoral e da região de Curitiba.
O acordo homologado pelo STF teve, além de Itaipu e das comunidades indígenas, a participação de órgãos governamentais federais e do Poder Judiciário.
Os indígenas pedem a reparação por violações a direitos humanos e fundamentais das comunidades afetadas pela formação do reservatório da usina em 1982.
(Com informações de Itaipu Binacional)