Rádio Clube
H2FOZ
Início » Últimas Notícias » Pesquisa em refúgio de Itaipu identifica leveduras selvagens

Itaipu

Biodiversidade

Pesquisa em refúgio de Itaipu identifica leveduras selvagens

Investigação em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) aponta potencial para uso na indústria do etanol e da cerveja.

2 min de leitura
Pesquisa em refúgio de Itaipu identifica leveduras selvagens
Ana Carolina Souza Ramos de Carvalho, pós-doutoranda da USP, avaliou amostras coletadas no refúgio de Itaipu. Foto: Lucas Tres/Itaipu Binacional
Publicidade

Uma parceria entre Itaipu Binacional e Universidade de São Paulo (USP) está contribuindo para identificar leveduras selvagens capazes de resistir a condições extremas comuns nas indústrias de bioetanol e cervejeira.

Leia também:
Itaipu abre inscrições de bolsistas para o programa Mais Engenharia

Publicidade

A pesquisa integra o Projeto de Conservação das Abelhas Sem Ferrão do Refúgio Biológico Bela Vista, administrado por Itaipu, na Região Norte de Foz do Iguaçu.

Ana Carolina Souza Ramos de Carvalho, pós-doutoranda da USP, avaliou o potencial biotecnológico dos microrganismos presentes em amostras de pólen, própolis, mel e cera.

Os materiais, coletados em outubro de 2024, resultaram no isolamento de 27 leveduras a partir de 44 amostras obtidas no refúgio de Itaipu.

Publicidade

Dessas, 18 espécies passaram por análise quanto à sua capacidade de crescer e fermentar em meios com altas concentrações de sais.

De acordo com Itaipu, a descoberta tem potencial para inovação tecnológica em áreas como a indústria cervejeira, para a produção de variedades especiais.

Publicidade

“Encontramos uma levedura muito importante dentro do refúgio. Uma Saccharomyces cerevisiae selvagem”, descreve a pesquisadora, citada pela assessoria de Itaipu.

“Essa levedura é usada há milhares de anos para a produção de alimentos e bebidas, além de também ser amplamente utilizada na indústria de biotecnologia e em pesquisa de base. Mas ainda sabemos pouco sobre seu nicho ecológico”, explica Carvalho.

Pesquisas com abelhas na região

Já Lucas Tres, representante de Itaipu e gestor do Projeto de Conservação das Abelhas Sem Ferrão, destaca a importância da iniciativa. Conforme ele, a iniciativa surgiu em 2019, com o intuito de unir pesquisa, manejo e educação ambiental.

“Com o tempo, o projeto incorporou ações voltadas à formação de multiplicadores, desenvolvendo atividades educativas para visitantes, escolas, universidades e comunidades, além de promover a integração com produtores rurais e instituições de pesquisa”, detalha.

De acordo com Itaipu, o resultado da pesquisa sobre leveduras selvagens reforça a importância da conservação das espécies de abelhas nativas da região.

(Com informações de Itaipu Binacional)

Você lê o H2 diariamente?
Assine no portal e ajude a fortalecer o jornalismo.

Guilherme Wojciechowski

Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.

Deixe um comentário