A Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) inaugurou, na última sexta-feira (13), sua Unidade de Análise de Micropoluentes. Conforme material difundido à imprensa, o laboratório, localizado em Francisco Beltrão, conta com equipamentos adquiridos graças a uma parceria com Itaipu.
Leia também:
Itaipu participa de encontro climático promovido pela ONU na Alemanha
De acordo com a binacional, o convênio entre a usina e a universidade totalizou R$ 2.603.079,77. A estrutura tem como destaque um Espectômetro de Massa de Alta Precisão, adquirido com recursos de Itaipu.
O equipamento pode identificar e quantificar mais de 400 resíduos de agrotóxicos em amostras humanas, animais e ambientais. Com os resultados obtidos, os pesquisadores poderão analisar a relação entre poluentes e incidência de câncer de mama na região.
Enio Verri, diretor-geral brasileiro de Itaipu, participou da entrega dos equipamentos, que avaliarão amostras de todo o Oeste e Sudoeste do Paraná.
“Investir em saúde e pesquisa é investir no bem-estar das pessoas. Esse laboratório é um marco para entender e combater o câncer de mama na região”, indicou.
Carolina Panis, professora e integrante do Laboratório de Biologia de Tumores da Unioeste, coordena o projeto que recebeu os recursos de Itaipu.
Conforme a professora, o Sudoeste tem índices de câncer de mama 50% superiores à média nacional, com mortalidade 15% acima.
“Sem o investimento de Itaipu, dificilmente teríamos uma estrutura deste porte no Sudoeste do Paraná. Com este espectrômetro, será possível investigar de forma precisa como os agrotóxicos se correlacionam com doenças como o câncer”, afirmou.
Os resultados do projeto da Unidade de Análise de Micropoluentes fornecerão dados inéditos para políticas públicas de saúde, bem como para a proteção ambiental.
(Com informações de Itaipu Binacional)