Professor da Unila analisa cenário das eleições no Paraguai e na Argentina

Eleitores irão às urnas para a escolha das novas autoridades nos países vizinhos, com possíveis impactos nas relações com o Brasil.

Apoie! Siga-nos no Google News

No próximo dia 30, os eleitores do Paraguai irão às urnas, em turno único, para a escolha do presidente, vice-presidente, governadores, senadores, deputados nacionais e deputados regionais, com mandatos de cinco anos de duração. O ano de 2023 será marcado, também, por eleições regionais e nacionais na Argentina.

Leia também:
Eleições no Paraguai: nova pesquisa AtlasIntel aponta empate técnico

Em entrevista durante o programa Marco Zero, produzido em conjunto entre H2FOZ e Rádio Clube FM, o professor da área de relações internacionais e integração, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Félix Pablo Friggeri fez uma análise do cenário regional, destacando semelhanças e diferenças entre os pleitos.

Íntegra da entrevista do professor Félix Pablo Friggeri

Na avaliação de Friggeri, apesar do cenário de voto útil em torno da candidatura do opositor Efraín Alegre, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), fatores como a influência e o peso econômico do governista Partido Colorado poderão fazer com que a balança pese em favor do candidato Santiago Peña.

“O Paraguai não tem uma polarização ideológica [como a do Brasil], a diferenciação entre os grupos é mais débil”, realçou Friggeri. “A grande expectativa no Paraguai é a negociação do Tratado de Itaipu, que vai acontecer agora. Então, é uma oportunidade para que o novo governo tenha uma amplitude de ação maior.”

Quanto à Argentina, que terá eleições presidenciais no segundo semestre, um dos temas é a divisão entre peronistas e adversários, com indefinição entre quem serão os representantes do governo e da oposição, além do posicionamento de um terceiro candidato à direita. “No segundo turno, isso poderá ser importante”, analisou.

LEIA TAMBÉM

Comentários estão fechados.