“Maternidade” do Refúgio de Itaipu tem mais dois bebês: um cervo e um bugio

O cervo é o 18º a nascer no Refúgio, desde 2001; já o filhote de bugio é “novidade”, é o primeiro caso.

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Charles é o novo morador do Refúgio Biológico Bela Vista, mantido pela Itaipu Binacional.

Filho de Channel e de Xavier, Charles é um cervo-do-pantanal, espécie que, na natureza, é considerada “vulnerável”.

O filhote nasceu na manhã do dia 17 deste mês. A mãe vinha sendo acompanhada com cuidados especiais desde que os técnicos do Refúgio souberam que estava prenha.

O primeiro a perceber isso foi o tratador Diony da Silva Leandro, que avisou todo mundo.

E foi ele, também, quem assistiu ao parto de Charles, quando fazia a troca de água e de comida no recinto dos cervídeos.

“Foi maravilhoso, um momento lindo. Fico feliz por ter presenciado e por contribuir com a proteção dessa espécie”, diz Diony, que há 7 anos cuida dos animais silvestres do Refúgio.

Depois da refeição ao ar livre, o filhote descansa, abrigado. Foto Sara Cheida

RAPIDEZ DO PAPAI

O nascimento de Charles foi até uma surpresa. É que o pai, Xavier, chegou em julho do ano passado, vindo de um refúgio de Petrópolis (RJ).

“A gente não imaginava que isso iria acontecer tão cedo, porque o macho tinha acabado de chegar”, resume a médica veterinária Aline Luiza Konell, da Divisão de Áreas Protegidas de Itaipu.

Ela conta que, quando Diony informou que Channel estava prenha, a fêmea foi acompanhada com atenção, mas a distância.

EM 2001, O PRIMEIRO

Diony foi o primeiro a perceber que Channel estava prenha. E assistiu ao parto. Foto Sara Cheida

“O cervo-do-pantanal é um animal muito estressado, se assusta com qualquer coisa. E, para fazer o manejo amigável, procuramos intervir o mínimo possível na rotina deles”, explica.

Após o nascimento, Charles ganhou um microchip de reconhecimento e o registro no controle dos profissionais da Divisão de Áreas Protegidas.

Ele é o 18º cervo-do-pantanal nascido no Refúgio, desde 2001, quando aconteceu a primeira reprodução.

Agora, o plantel de cervídeos conta com quatro cervos-do-pantanal e 35 veados-bororós.

REDE DE REPRODUÇÃO

A veterinária Aline Luiza Konell, o tratador Diony da Silva Leandro e o biológo Marcos de Oliveira. Foto Sara Cheida

O biólogo Marcos de Oliveira, também da Divisão de Áreas Protegidas, conta que o Refúgio Biológico Bela Vista integra uma rede de instituições de todo o Brasil voltadas à reprodução do cervo-do-pantanal.

“Nós consideramos que o plantel é um só, mas espalhado por todas as instituições do País”, diz.

No Refúgio, são mantidos sempre um macho e duas fêmeas, para permitir a continuidade da espécie.

A outra fêmea é Charlotte, que também veio do refúgio em Petrópolis, junto com Xavier.

“VULNERÁVEL”

O cervo-do-pantanal ocorre do Sul da Amazônia e parte da Caatinga mas, atualmente, sua maior concentração é no Pantanal.

Segundo A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), a espécie é  “vulnerável”..

Os principais motivos para a redução das populações da espécie são doenças, a predação humana e a perda de habitat.

O BUGIO

Quanto ao bugiozinho que nasceu no Refúgio Biológico Bela Vista, a Comunicação Social de Itaipu ainda não divulgou mais detalhes.

Informou apenas do nascimento, o primeiro que aconteceu ali, e divulgará mais informações em breve.

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