Natureza, turismo e desenvolvimento. Parque Nacional do Iguaçu chega aos 83 anos

Patrimônio Natural da Humanidade que abriga as Cataratas do Iguaçu, a unidade de conservação nacional foi criada por Getúlio Vargas em 10 de janeiro de 1939.

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Patrimônio Natural da Humanidade que abriga as Cataratas do Iguaçu, a unidade de conservação nacional foi criada por Getúlio Vargas em 10 de janeiro de 1939.

Em 1916, uma visita à fronteira selou o futuro da área natural que hoje é o Parque Nacional do Iguaçu (PNI), unidade de conservação que completa 83 anos nesta segunda-feira, 10. O inventor Santos Dumont visitava as Cataratas do Iguaçu e, fascinado com as belezas que viu, comprometeu-se a atuar junto à governança do Paraná para tornar a área – até então particular – pública.

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Anos depois da visita ilustre, o presidente Getúlio Vargas assinava o decreto criando o Parque Nacional do Iguaçu, em 10 de janeiro de 1939, espaço para a preservação do meio ambiente, visitação pública e desenvolvimento do turismo, atividade vital para a economia e a geração de renda na região das Três Fronteiras. Em 1986, outra conquista: o parque foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco, órgão das Nações Unidas.

Antes da pandemia, a unidade de conservação superou a marca de dois milhões de visitantes, pessoas de todo o mundo que celebram esse remanescente de Mata Atlântica que se estende por 186 mil hectares de área protegida. Desde 2000, mais de 26 milhões de turistas contemplaram essa que é uma Maravilha Mundial da Natureza, título obtido em votação internacional no dia 11 de novembro de 2011.

A beleza das Cataratas do Iguaçu na unidade de conservação – Foto: Fábio Borges

O Parque Iguaçu, quintal de casa para os iguaçuenses e moradores das cidades vizinhas, está consolidado como referência na conservação da natureza e no turismo sustentável. Sua importância pode ser aferida de muitas formas:

  • um dos parques mais visitados do Brasil;
  • protege uma área de Mata Atlântica e uma rica biodiversidade;
  • abriga uma fauna constituída por mais de 12 espécies de anfíbios, 48 tipos de répteis, 158 espécies de mamíferos, 175 de peixes, 390 espécies de aves e mais de 800 invertebrados;
  • contribui para o desenvolvimento regional dos 13 municípios lindeiros, de Foz do Iguaçu a Capitão Leônidas Marques e Capanema;
  • manté o Onças do Iguaçu, projeto de conservação da onça-pintada.

As ações na unidade de conservação não param. Atualmente, a chefia do Parque Nacional do Iguaçu dialoga com diferentes segmentos da sociedade para estruturá-lo frente aos novos desafios. “São melhorias para o parque que precisamos e queremos para os próximos anos. Tudo isso nós estamos construindo juntos”, afirma Cibele Munhoz Amato, primeira mulher e ocupar o cargo de chefe do Parque Nacional do Iguaçu.

Projeto no parque Iguaçu aposta na conservação e reprodução da onça-pintada – Foto: Divulgação

Concessão e investimento de R$ 500 milhões

Outro desafio é o edital da nova concessão do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), lançado em dezembro pelo governo federal, via Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A seleção prevê a prestação de serviços de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos, além de ações de conservação e proteção.

Parque Nacional do Iguaçu oferece integração e contato direto com a natureza – Foto: Nilton Rolin

Esse procedimento, segundo o governo central do país, deverá acionar investimentos de R$ 500 milhões em infraestrutura – melhorias para a visitação pública, conservação da biodiversidade e desenvolvimento das cidades lindeiras ao parque. O prazo de concessão é de 30 anos, com contrato estimado em R$ 1,9 bilhão, resultado da soma de investimentos obrigatórios, outorgas fixa e variável, e encargos acessórios, elenca o edital.

Entre os encargos acessórios à concessionária previstos no edital de licitação está a obrigação de custear ações de apoio em educação, comunicação e interpretação ambiental de projetos socioambientais. Apoiar iniciativas de integração com o entorno, visando ao desenvolvimento local, iniciativa de manejo de espécies e de monitoramento, além contribuir para intervenções de capacitação técnica e apoio à gestão. Para essas ações, a empresa vencedora da concessão destinará anualmente 6% da sua receita operacional bruta.

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