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Obra da Avenida JK: o sacrifício de árvores em Foz do Iguaçu

Como parte das obras da revitalização da Avenida JK, prefeitura suprimiu árvores da área central, causando protestos

3 min de leitura
Obra da Avenida JK: o sacrifício de árvores em Foz do Iguaçu
A retirada das árvores, um total de 20, está prevista no projeto de revitalização da avenida. Foto: Denise Paro
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Causou estranheza em parte da população de Foz do Iguaçu a supressão de árvores na Avenida Juscelino Kubitschek, em trecho próximo ao cruzamento com a Avenida República Argentina, nesta semana, para implantação de uma ciclovia.

Leia também: Em protesto por obra parada da JK, ciclista de causas coletivas abre faixa no viaduto – H2FOZ – Notícias de Foz do Iguaçu

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A retirada das árvores, um total de 20, está prevista no projeto de revitalização da avenida, que teve início em 2024. Entre as espécies suprimidas estão ipês, que embelezavam o centro da cidade.

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Em plena era marcada pelo aumento da temperatura planetária, o que se espera é a presença de mais verde e menos concreto nas cidades. Isso leva a entender que Foz do Iguaçu está na contramão das tendências de preservação ambiental.   

Segundo a prefeitura, a supressão das árvores foi autorizada pelos órgãos competentes e há previsão de recomposição, conforme determina a legislação vigente.

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Segundo a prefeitura, a supressão das árvores foi autorizada pelos órgãos competentes. Foto: Denise Paro

Falta de transparência

Assim que soube do projeto da ciclovia via imprensa, o Coletivo Ambiental de Foz do Iguaçu (CAFI) procurou a vereadora Yasmin Hachem. A edil convocou uma reunião em novembro de 2024 para discutir o assunto, no entanto representantes da Secretaria Municipal de Obras não compareceram.

Na sequência, foi convocada uma audiência pública, na qual também foi discutida e questionada a obra de drenagem da JK. Houve, na ocasião, uma proposta para redução de danos de baixo custo, visto que a licitação já estava concluída, mas não teve aceitação.

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Representantes do CAFI lembram que a opção de mobilidade urbana visa a reduzir o uso cotidiano de carro para diminuir as emissões de CO2, diminuir a poluição e melhorar o ar, bem como amenizar o impacto do calor urbano.

O grupo ainda reforça que foram cortados ipês, árvore símbolo de Foz duplamente protegida pela legislação, que eram mais saudáveis por terem sido plantadas há cerca de dez anos.

Em plena era marcada pelo aumento da temperatura planetária, o que se espera é a presença de mais verde e menos concreto nas cidades. Foto: Denise Paro

Prefeitura argumenta que árvores serão replantadas

Em nota enviada à redação do portal H2FOZ, a prefeitura diz:

“Pelo projeto de revitalização da Avenida Juscelino Kubitschek, realizado em uma parceria entre a Prefeitura de Foz do Iguaçu e a Itaipu Binacional, foi autorizado pelo Instituto Água e Terra (IAT) a supressão de 69 árvores no trecho entre a Avenida República Argentina e a Praça da Paz para viabilizar a execução de serviços como o canteiro central e ciclovia.

Esse número foi reduzido para 20 pela atual gestão municipal. A maior parte das árvores suprimidas é de espécie invasora e muitas delas já estavam comprometidas, o que aumentava o risco de queda, especialmente em casos de temporal e vendaval.

No projeto, está prevista a recomposição ambiental com o plantio de espécies adequadas para o passeio.”

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    Denise Paro

    Denise Paro é jornalista pela UEL e doutoranda em Integração Contemporânea na América Latina. Atua há mais de duas décadas nas Três Fronteiras e tem experiência em reportagens especias. E-mail: deniseparo@h2foz.com.br

    5 comentários em “Obra da Avenida JK: o sacrifício de árvores em Foz do Iguaçu”

    1. Doni Vitor

      Não vão achar onde está o dinossauro enterrado em Foz, tem certos lugares que é burro, mas Foz é diferente, é dinossauro mesmo, tamanho são as barbaridades cometidas por esses gestores.

    2. Márcia

      é inacreditável como Foz do Iguaçu não valoriza arborização!!!! todos projeto destroem as árvores, essa cidade tá ficando muito chata p morar !!!!

    3. Henrique

      Só gostaria de deixar uma ponto a ser considerado. As árvores já tinham atingido a idade adulta, com isso não contribuem significativamente para o tirar CO2 da atmosfera. Já conversei com técnicos de outras prefeitura que me relataram o seguinte problema: as cidades precisam de um plano de arborização: plantar, crescer, plantar novas, crescer e cortar a primeira plantada, pois já estará velha e apresenta risco.
      Como esse ciclo é longo, cerca de 15 anos, nenhuma faz. As árvores de Foz, assim como de muitas outras cidades, estão velhas e não há árvores já jovens que promovam a sombra.
      Certo mesmo era esse projeto de ciclovia estar em sintonia com o plano de arborização, mas como ele não existe, fica complicado julgar.

    4. Jorge Guilherme

      A maioria dos abraça-árvores nunca plantou feijão no algodão. Sempre um alarde quando se poda ou corta uma árvore. Mais alarde quando as ávores caem nos temporais. Se poda reclama, se não poda, também reclama.
      Para se edificar a ciclovia tem de se sumprimir árvore. Ponto. Far-se-á a compensação conforme prevê a lei.
      Nenhum pio acerca do plantio desordenado de ipês sob as linhas de média tensão, por exemplo. Aí a árvore cresce, derruba linha, ficam sem energia e já começa outro protesto.
      Afetação de todo lado, daqueles que nada edificam.
      Parece que houve aumento da camada de gelo. !Parem as redações! Suprimam o aquecimento global, alterem para mudanças climáticas!
      Haja Greta!

    5. Edvaldo

      Se fosse nesta linha de argumentos, nenhuma cidade no MUNDO não passaria de um vilarejo. Se vão replantar novas árvores qual o problema? Criem uma campanha pra adotar uma árvore adulta, paguem a remoção e o transporte e plantem em suas casas.

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