Uma comitiva interinstitucional concluiu, nesta semana, a captura da onça-pintada Pará e de seus dois filhotes na Argentina. Conforme os organizadores, a ação teve como objetivo transferi-los para uma área natural protegida, onde poderão viver com segurança e boa disponibilidade alimentar.
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Nos últimos meses, Pará e filhotes apareceram, em seguidas oportunidades, na região periférica conhecida como 2 Mil Hectáreas, em Puerto Iguazú. A presença da onça, que teria chegado a abater animais domésticos, gerou preocupação nos moradores.
Pesquisadores do Ministério da Ecologia de Misiones e da Fundação Azara lideraram a iniciativa, que contou com mais de 20 entidades públicas e privadas da Argentina.
Os trabalhos iniciais indicaram que Pará se aproximou da cidade por estar com dificuldades para caçar, provavelmente pela perda de um olho.
Monitorada com um colar de rastreamento por satélite, a mãe foi capturada antes dos filhotes, localizados apenas alguns dias depois. Durante o período sob resguardo humano, os felinos receberam todo o acompanhamento da equipe argentina.
Uma vez reunida a família de onças, os pesquisadores encaminharam mãe e filhos para uma estrutura de adaptação ao novo ambiente, antes da soltura definitiva.
O local exato não consta da informação divulgada pelas autoridades argentinas, mas a escolha recaiu sobre uma área afastada da ocupação humana e com ampla disponibilidade de caça.
Atualmente, pelo menos 84 onças-pintadas vivem no corredor ecológico entre Brasil e Argentina (clique aqui para conferir os dados do último censo).

