Juan Marandu | OPINIÃO
Os vereadores de Foz do Iguaçu aprovaram na segunda-feira (dia 14), por unanimidade, reforço de R$ 6,5 milhões no caixa gerido pelo prefeito Joaquim Silva e Luna (PL), um dinheiro que geralmente retorna no final de cada ano. A notícia veio com um ar de conquista pela comunicação da Câmara, mas as causas podem ser alarmantes. O recurso irá prioritariamente para tapa-buracos e manutenção do Hospital Municipal.
A maior devolução antecipada da história da cidade
Vereador Debrito (PL), presidente da Câmara, admite que a devolução antecipada é a “maior da história!”. Ou seja, nunca antes na história de Foz do Iguaçu, a prefeitura precisou de um montante tão grande de recurso devolvido antecipado. Será que o vereador presidente da Câmara sabe a dimensão negativa do anúncio para a gestão do município?
Falta de planejamento e gasto descontrolado
Durante toda a campanha eleitoral, o prefeito bateu na tecla do “planejamento e eficiência”. Mas parece que não houve nem um e nem outro. Os tapa-buracos não cobriram os buracos, o dinheiro do orçamento de 2025 ficou curto já no meio do caminho, criação de mais cargos, piora de vários serviços em diversas pastas, renovações com valores exorbitantes de contratos com empresas (a exemplo da Vital), ações impulsivas e espontâneas como retirada dos livros de inglês… tudo isso sinaliza falta de planejamento e uma perda de eficiência da máquina pública. O pedido de antecipação (a maior da história da política iguaçuense!), somado a todos esses fatores, pode ser um sinal de esgotamento financeiro fruto de possíveis gastos descontrolados.
Juan Marandu é um cidadão observador da política local em Foz do Iguaçu.