O governo do Brasil entregou ao Paraguai, nesta segunda-feira (17), relatório sobre o episódio que desencadeou a chamada “Crise da Espionagem”.
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Em março de 2025, reportagem publicada pelo portal UOL apontou que autoridades paraguaias teriam sido monitoradas clandestinamente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O monitoramento teria começado em junho de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, tendo como alvo as negociações entre Brasil e Paraguai sobre o Anexo C do Tratado de Itaipu. O documento define as bases financeiras para o funcionamento da binacional.
De acordo com a publicação, a espionagem teria durado até março de 2023, período inicial do governo Lula. A respeito, a atual gestão federal brasileira argumentou que, tão logo tomou conhecimento, ordenou o encerramento da operação.
O governo do Paraguai, então, cobrou do Brasil a entrega de um relatório demonstrando o alcance do caso e apontando as providências tomadas. A entrega do documento ocorreu nesta segunda, pelas mãos de Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores.
Em declaração oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Paraguai informou que, “a partir de agora, começa uma nota etapa nas relações bilaterais entre os países”.
O texto diz que os ministros Mauro Vieira e Rubén Ramírez Lezcano definiram retomar, na primeira quinzena de dezembro, as discussões sobre o Anexo C, paralisadas desde a revelação do esquema de espionagem.
Além disso, concordaram em intensificar as conversações para acertar a data do próximo encontro entre os presidentes Lula e Santiago Peña.
Há expectativa de que tal encontro possa ocorrer em dezembro, em Foz do Iguaçu ou Presidente Franco, para a abertura da Ponte da Integração Brasil–Paraguai.
Para saber mais sobre o resultado da reunião desta segunda-feira, no site do Ministério das Relações Exteriores do Paraguai, clique aqui.

