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Criptomoedas: companhia corta “gato” usado para mineração no Paraguai

Conexão clandestina foi descoberta no município de Minga Guazú, vizinho a Ciudad del Este; estrutura tinha 213 computadores.

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Criptomoedas: companhia corta “gato” usado para mineração no Paraguai
Estrutura para mineração de criptomoedas consumia grande quantidade de energia. Foto: Gentileza/Ande

Técnicos da Administração Nacional de Eletricidade (Ande), do Paraguai, cortaram, nessa terça-feira (4), uma conexão clandestina no município de Minga Guazú. No imóvel, situado na zona rural, funcionava uma estrutura para mineração de criptomoedas.

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De acordo com o boletim enviado à imprensa, as equipes da Ande constataram consumo anormal de eletricidade nas imediações do km 22 Monday. Para verificar o local exato do furto de energia, até mesmo câmeras térmicas foram utilizadas.

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Máquinas de mineração de criptomoedas apreendidas durante a operação.
Máquinas de mineração de criptomoedas apreendidas durante a operação. Foto: Gentileza/Ande

A verificação contou com o apoio da Polícia Nacional e do Ministério Público do Paraguai. No imóvel identificado, os técnicos encontraram 213 computadores para mineração de criptomoedas, bem como um transformador de energia e outros equipamentos.

Conforme os dados de cadastro na Ande, a conta de luz da propriedade está em nome de um cidadão de origem coreana. Nos próximos dias, o Ministério Público enviará uma intimação ao estrangeiro, para que dê sua versão sobre os fatos.

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Técnicos fazem o monitoramento de locais com consumo acima da média.
Técnicos fazem o monitoramento de locais com consumo acima da média. Foto: Gentileza/Ande

Outro ponto destacado pela companhia elétrica é que, no momento da chegada das equipes, indivíduos que estavam no interior da propriedade fugiram.

Os homens, que atuariam como seguranças para evitar o roubo das máquinas mineradoras de criptomoedas, deixaram armas de fogo, apreendidas pelo Ministério Público.

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Nos cálculos da Ande, o prejuízo provocado pelo furto de energia supera G$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 1,1 milhão), tendo como base os equipamentos encontrados no local.

Gatos” para mineração de criptomoedas

Os responsáveis pela estrutura responderão por subtração de energia elétrica, bem como delitos correlatos, passíveis de multa.

Vista parcial da estrutura descoberta em Minga Guazú.
Vista parcial da estrutura descoberta em Minga Guazú. Foto: Gentileza/Ande

Regulamentado pela Lei n.º 7.300, de 2024, o crime de subtração ilegal prevê até dez anos de prisão. A nova lei tem como objetivo, justamente, coibir o furto de energia para mineração de criptomoedas.

“A população pode registrar qualquer denúncia no endereço www.ande.gov.py ou pelo telefone 021-160, opção 2, de forma confidencial”, recorda a Ande no material distribuído à mídia local.

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    Guilherme Wojciechowski

    Guilherme Wojciechowski é colaborador do H2FOZ desde 2022. Acompanha o noticiário da fronteira há duas décadas e cobre editorias como Paraguai, Argentina, Turismo, Esporte, Cultura e Segurança Pública.