Destituído no último mês de agosto, o agora ex-prefeito de Ciudad del Este Miguel Prieto está proibido de cruzar a fronteira em direção a Foz do Iguaçu.
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De acordo com o jornal La Clave, a proibição está relacionada com um processo em tramitação na Justiça do Paraguai sobre a compra de cestas básicas.
Humberto Otazú, juiz penal de Garantias, determinou, durante a audiência preliminar do caso, que o ex-prefeito de Ciudad del Este não poderá ausentar-se do país.
A audiência ocorreu na terça-feira (25) em Assunção. Nas redes sociais, Prieto se queixou das restrições e considerou o processo como “um teatro”.
“Estou proibido de sair do país, preciso vir todos os meses a Assunção para assinar um livro e vou passar por júri popular. Fazem parecer que eu seja um delinquente”, protestou o líder político, sucedido por Dani Mujica na prefeitura de Ciudad del Este.
O processo contra Prieto apura supostas irregularidades na compra de cestas básicas no ano de 2020. Na ocasião, devido à pandemia de covid-19, a prefeitura de Ciudad del Este adquiriu alimentos para entregar à população afetada pelo fechamento da fronteira.
O Ministério Público do Paraguai, contudo, apontou problemas no contrato firmado entre o poder público e a empresa Tía Chela.
Os promotores questionaram não só a transparência do processo de escolha da empresa, mas se houve a entrega de todas as cestas contratadas.
Miguel Prieto e mais dez
Ademais do ex-prefeito de Ciudad del Este, outras dez pessoas estão processadas no caso, que teria provocado perdas de G$ 2,1 bilhões (R$ 1,6 milhão) aos cofres públicos.
Miguel Prieto nega irregularidades e afirma que a dispensa de licitação ocorreu devido à emergência sanitária trazida pela pandemia. Argumenta, além disso, que a denúncia teria motivações políticas, com o intuito de desgastar sua imagem como gestor público.

