O governo do Paraguai ressaltou, nesta semana, seu interesse na construção de um gasoduto conectando o país com a Argentina e o Brasil.
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O projeto prevê o transporte do gás natural extraído do campo de Vaca Muerta, na Argentina, em direção ao estado brasileiro do Mato Grosso do Sul.
No Paraguai, o gasoduto terá traçado paralelo ao da Rodovia Bioceânica, entrando no Brasil pela cidade de Porto Murtinho (MS).
O projeto trinacional, com extensão total de 1.050 quilômetros, está orçado em cerca de US$ 2 bilhões. Companhias privadas já demonstraram interesse na obra.
Carlos Fernández Valdovinos, ministro da Economia do Paraguai, manteve uma reunião sobre o tema com a vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, Susana Cordeiro Guerra.
O diálogo teve, ademais, a participação de representantes do governo da Argentina, que esperam obter apoio das instituições multilaterais para o financiamento do gasoduto.
“Para o Paraguai, este projeto representa uma oportunidade estratégica”, destacou Valdovinos, reforçando a baixa complexidade da implantação do duto no país.
Atualmente, toda a faixa de domínio da Rodovia Bioceânica já está desapropriada. Além disso, o trajeto tem traçado majoritariamente plano, com baixo risco de fenômenos como terremotos ou deslizamentos de terras.
Para o Brasil, trazer gás natural da Argentina, pelo Paraguai ou pelo Rio Grande do Sul, representará a diversificação das vias de fornecimento. O país compra gás natural da Bolívia, cuja produção está em declínio desde a última década.

