Os governos do Paraguai e da Argentina firmaram, na última quinta-feira (3), memorando de entendimento para a construção de um gasoduto.
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O documento, assinado durante a Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, prevê a criação de um grupo técnico binacional para os estudos de viabilidade.
Levantamentos preliminares apontam que é factível a construção de um gasoduto entre Argentina e Paraguai, passando pela região do Chaco. O traçado acompanharia a Rodovia Bioceânica, atualmente em fase de obras.
O Brasil também apresentou interesse no gasoduto, que poderá chegar ao território brasileiro pela fronteira entre Carmelo Peralta e Porto Murtinho (MS).
A tubulação transportaria o gás natural extraído do campo de Vaca Muerta, na província argentina de Neuquén. A área possui uma das jazidas mais produtivas da América do Sul, superando campos similares na fronteira entre Bolívia e Paraguai.
Provisoriamente, o projeto tem o nome de Gasoduto Bioceânico, pela possibilidade de futuramente chegar aos litorais do Atlântico, no Brasil, e do Pacífico, no Chile.
O grupo de trabalho técnico binacional Paraguai–Argentina fará a elaboração de “estudos e propostas de viabilidade técnica e econômica” do gasoduto.
Além disso, analisará possíveis conexões com outros campos (com potencial ou produção de gás natural já em andamento), como forma de aumentar sua competitividade.
No território do Paraguai, o gasoduto poderá ter pelo menos 530 quilômetros de extensão, no trecho entre a fronteira com a Argentina e a ligação com o Brasil.
O gás natural de Vaca Muerta desperta o interesse, principalmente, dos setores industriais, tendo em vista o menor custo da fonte de energia.